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Irã fecha acordo com EUA que congela programa nuclear

O presidente iraniano endossou o acordo, que implica na suspensão das atividades nucleares por seis meses em troca de alívio limitado e gradual das sanções

Irã, EUA e outras cinco potências mundiais chegam a acordo que congela a capacidade do país para enriquecer urânio no nível máximo de 5%, bem abaixo do limite necessário para produção de armas nucleares (REUTERS/Carolyn Kaster)

Irã, EUA e outras cinco potências mundiais chegam a acordo que congela a capacidade do país para enriquecer urânio no nível máximo de 5%, bem abaixo do limite necessário para produção de armas nucleares (REUTERS/Carolyn Kaster)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2013 às 08h26.

Genebra - O Irã fechou um acordo histórico neste domingo com os Estados Unidos e outras cinco potências mundiais, aceitando congelar temporariamente seu programa de enriquecimento de urânio. É o avanço mais significativo das negociações entre Washington e Teerã em mais de três décadas de estranhamento.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, endossou o acordo, que implica na suspensão das atividades nucleares por seis meses em troca de alívio limitado e gradual das sanções, incluindo o acesso aos US$ 4,2 bilhões gerados pelas vendas de petróleo. O período de seis meses dará aos diplomatas tempo para negociar um pacto mais abrangente.

A decisão resulta do diálogo público aberto no encontro anual da Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro, durante o qual o presidente norte-americano, Barack Obama, teve uma conversa de 15 minutos por telefone com Rohani, eleito em junho deste ano.

O acordo congela a capacidade do Irã para enriquecer urânio no nível máximo de 5%, que está bem abaixo do limite necessário para produção de armas nucleares, e visa a minimizar as preocupações de que um dia Teerã terá a sua própria bomba atômica.

Obama saudou o pacto, que inclui restrições ao enriquecimento de urânio e outros projetos que podem ser destinados à fabricação de armas, como essencial para impedir o Irã de se tornar uma ameaça nuclear. "Simplificando, eles cortaram os caminhos mais prováveis do Irã para uma bomba", disse a repórteres em Washington. Fonte: Associated Press.

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