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Irã e Rússia colaboram na ajuda a Csírios, dizem autoridades

Países usaram influência sobre governo Assad para obter vistos para funcionários humanitários da ONU

Crianças caminham sobre escombros de edifícios danificados no bairro de Duma, em Damasco (Yousef Albostany/Reuters/Reuters)

Crianças caminham sobre escombros de edifícios danificados no bairro de Duma, em Damasco (Yousef Albostany/Reuters/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2013 às 19h24.

Genebra - O Irã e a Rússia usaram sua influência sobre o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, para obter vistos para funcionários humanitários da Organização das Nações Unidas e melhorar o acesso aos comboios de ajuda na Síria, mas muito ainda precisa ser feito, disseram nesta quinta-feira autoridades europeias à Reuters.

Altos funcionários dos Estados Unidos foram mais cautelosos e disseram que "todas as vozes" que estão tomando parte em conversações sigilosas da ONU com o objetivo de levar comida e suprimentos médicos para os civis em áreas isoladas são cruciais. Houve muito pouco progresso nas últimas semanas, disseram.

A chefe da área humanitária da ONU, Valerie Amos, presidiu uma reuniu em Genebra da qual participaram cerca de 20 países nesta quinta-feira para pressionar o governo e a oposição na Síria a permitirem a passagem de mais comida e assistência médica, especialmente às pessoas em áreas sob cerco.

Arábia Saudita, Catar e outros países do Golfo com ligações com forças rebeldes fizeram um apelo para a facilitação das entregas, disseram funcionários.

"O importante é pôr pressão sobre as partes em conflito para realmente abrirem (espaço)", disse Claus Sorensen, diretor-geral do departamento de ajuda humanitária da União Europeia (Echo), em entrevista à Reuters depois do encontro com representantes de alto escalão dos países.

O Irã e a Rússia enviaram delegações à conversação, a segunda num mês. Não foram convidadas autoridades sírias nem representantes dos rebeldes.


Em resposta à pergunta da Reuters sobre o papel do Irã e Rússia, aliados da Síria, Sorensen respondeu: "Eles de fato estão tomando providências. Estou agradecido pelo que eles vêm fazendo. Não apenas a Rússia e o Irã, mas também o Catar e o Kuweit." Ele não quis dar detalhes, citando regras sobre sigilo.

Uma outra autoridade europeia comentou, a respeito do Irã e da Rússia: "Eles estão procurando facilitar a movimentação dos comboios de ajuda e auxiliar com questões de vistos. Eles fizeram algumas coisas específicas e nós gostaríamos que fizessem mais porque pessoas estão morrendo." O Conselho de Segurança da ONU emitiu um comunicado em 2 de outubro pedindo proteção aos civis, desmilitarização de escolas e hospitais e melhor acesso para as equipes de ajuda humanitária.

A administradora assistente da Usaid, Nancy Lindborg, elogiou a "leve mudança" da Síria na concessão de vistos e na autorização para a ajuda da ONU cruzar a fronteira a partir da Jordânia, Líbano e Iraque.

Cerca de 250.000 sírios estão vivendo sob cerco, na maioria sitiados por forças governamentais, mas há também 45 mil pessoas em duas cidades do norte cercadas por rebeldes.

Cerca de 9,3 milhões de pessoas na Síria precisam de ajuda humanitária, disse Valerie na segunda-feira, ao lançar um apelo recorde por ajuda no valor de 6,5 bilhões de dólares para a Síria e países vizinhos que abrigam refugiados.

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