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Irã condena mulher a 10 anos de prisão por espionar para o Reino Unido

O porta-voz não identificou a condenada que é acusada de projetos de "infiltração cultural" no Irã

Irã: o porta-voz afirmou que a mulher estava sob custódia há quase um ano (Rob Stothard/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 13 de maio de 2019 às 10h39.

Londres — O Irã anunciou nesta segunda-feira que condenou uma iraniana a 10 anos de prisão por espionar para o Reino Unido , o que coincidiu com o aumento das tensões entre Teerã e alguns países ocidentais devido aos programas nuclear e de mísseis do regime.

"Uma iraniana que estava a cargo da secretaria do Irã no Conselho Britânico e estava cooperando com a agência de inteligência do Reino Unido... foi condenada a 10 anos de prisão depois de confissões claras", disse Gholamhossein Esmaili, um porta-voz do Judiciário, na televisão estatal.

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Esmaili disse que a condenada estava encarregada de projetos de "infiltração cultural" no Irã. Ele não a identificou, mas disse que ela estudava no Reino Unido antes de ser recrutada pelo Conselho Britânico.

Esmaili ainda disse que a mulher estava sob custódia há quase um ano, e não especificou se ela possui cidadania britânica.

A secretaria de Relações Exteriores britânica não respondeu de imediato a um email pedindo comentários. O Conselho Britânico é a agência cultural do país no exterior.

A prisão de iranianos acusados de espionagem aumentou desde que o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, disse no ano passado que houve uma "infiltração" de agentes ocidentais no país.

O atrito do Irã com nações ocidentais vem aumentando desde que os Estados Unidos se desligaram de um acordo que Teerã assinou com potências mundiais para conter seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções.

O Reino Unido é um signatário do acordo nuclear e defende a sua preservação, assim como outros signatários europeus.

Os EUA intensificaram as sanções contra o Irã neste mês, revogando dispensas que permitiam a alguns países continuar comprando petróleo iraniano. Teerã reagiu reduzindo os limites impostos ao seu programa nuclear, mas as medidas que adotou até agora não chegaram a violar o pacto.

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