Irã condena anulação de conferência sobre Oriente Médio
A conferência, organizada em conjunto por Estados Unidos, Reino Unido e Rússia, foi originalmente programada para o próximo mês na Finlândia
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2012 às 17h54.
Viena - O Irã condenou nesta segunda-feira o anúncio americano do cancelamento da conferência por um Oriente Médio livre de armas nucleares, considerando-o um "sério revés" e acusando Washington de querer proteger Israel.
"Os Estados Unidos não podem decidir unilateralmente, no interesse de Israel, anunciar que a conferência não pode ser realizada. Este é um sério revés para a não-proliferação nuclear", declarou à AFP o representante iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltanieh.
"Agora está claro para nós e para o mundo que os Estados Unidos não têm vontade política genuína (de ver surgir) um Oriente Médio livre de armas de destruição em massa. Eles querem que Israel continue a ter a capacidade de possuir armas nucleares, o que representa uma ameaça para a segurança no Oriente Médio e, claro, para a segurança internacional", disse o diplomata.
A conferência, organizada em conjunto por Estados Unidos, Reino Unido e Rússia, foi originalmente programada para o próximo mês na Finlândia.
Na sexta-feira, o Departamento de Estado americano anunciou o seu cancelamento, justificando a decisão pela falta de consenso entre os países da região.
O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon, havia manifestado no sábado esperança de que esta conferência fosse realizada "assim que possível", em 2013.
O anúncio dos Estados Unidos não foi uma verdadeira surpresa.
Israel é considerado a única potência nuclear no Oriente Médio. O país nunca reconheceu oficialmente que tinha armas nucleares e se recusa a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Além disso, os países ocidentais e Israel suspeitam que Teerã, signatário do TNP, queiram desenvolver armas atômicas sob a cobertura de um programa civil, o que o Irã nega categoricamente.
O Irã boicotou uma primeira reunião há um ano em Viena. Mas anunciou em 6 de novembro sua participação na conferência de Helsinki.
Em setembro, Israel considerou impossível a realização desta conferência em razão do ambiente instável na região.
Viena - O Irã condenou nesta segunda-feira o anúncio americano do cancelamento da conferência por um Oriente Médio livre de armas nucleares, considerando-o um "sério revés" e acusando Washington de querer proteger Israel.
"Os Estados Unidos não podem decidir unilateralmente, no interesse de Israel, anunciar que a conferência não pode ser realizada. Este é um sério revés para a não-proliferação nuclear", declarou à AFP o representante iraniano na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Soltanieh.
"Agora está claro para nós e para o mundo que os Estados Unidos não têm vontade política genuína (de ver surgir) um Oriente Médio livre de armas de destruição em massa. Eles querem que Israel continue a ter a capacidade de possuir armas nucleares, o que representa uma ameaça para a segurança no Oriente Médio e, claro, para a segurança internacional", disse o diplomata.
A conferência, organizada em conjunto por Estados Unidos, Reino Unido e Rússia, foi originalmente programada para o próximo mês na Finlândia.
Na sexta-feira, o Departamento de Estado americano anunciou o seu cancelamento, justificando a decisão pela falta de consenso entre os países da região.
O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon, havia manifestado no sábado esperança de que esta conferência fosse realizada "assim que possível", em 2013.
O anúncio dos Estados Unidos não foi uma verdadeira surpresa.
Israel é considerado a única potência nuclear no Oriente Médio. O país nunca reconheceu oficialmente que tinha armas nucleares e se recusa a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP).
Além disso, os países ocidentais e Israel suspeitam que Teerã, signatário do TNP, queiram desenvolver armas atômicas sob a cobertura de um programa civil, o que o Irã nega categoricamente.
O Irã boicotou uma primeira reunião há um ano em Viena. Mas anunciou em 6 de novembro sua participação na conferência de Helsinki.
Em setembro, Israel considerou impossível a realização desta conferência em razão do ambiente instável na região.