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Investimento alemão na China pode mais do que dobrar até 2010

Segundo pesquisa do Deutsche Bank, cerca de 80% dos investimentos previstos para os próximos anos irá para a produção de automóveis, aço, serviços de engenharia e química

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

O interesse dos alemães pela China está mais forte do que nunca, conforme revelou uma pesquisa do Deutsche Bank com as 23 maiores companhias da Alemanha. O grupo planeja encerrar a década com cerca de 20 bilhões de euros (aproximadamente 24,1 bilhões de dólares) em investimentos imobilizados na China. A cifra é mais que o dobro dos 7,9 bilhões de euros que as empresas já mantinham no país em 2003.

Segundo a pesquisa, publicada pelo jornal britânico Financial Times, o que anima a Alemanha são as perspectivas de que o crescimento chinês continuará acentuado nos próximos anos, apesar das medidas de Pequim para frear a economia, por medo de que uma expansão exagerada pressione a inflação. Os alemães também apostam no aumento da classe média chinesa, que está se sofisticando e passa, agora, a exigir produtos de qualidade, colocando o preço em segundo plano. Essa exigência é maior em relação a produtos de alta tecnologia, como eletroeletrônicos e automóveis .

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As empresas alemãs gozam de grande reputação entre os chineses, no segmento de produtos tecnologicamente mais sofisticados e concorrem, nesse país, com similares do Japão e da Coréia do Sul. A pesquisa indica, ainda, que cerca de 80% dos investimentos das companhias, na China, se concentrará na produção de automóveis, aço, produtos químicos e serviços de engenharia (leia reportagem da revista EXAME sobre a estratégia dos países asiáticos para atrair investimentos estrangeiros).

Apesar do entusiasmo, a China ainda representa uma pequena fração dos investimentos alemães no exterior. Em 2003, o país respondeu por apenas 1,2% do total dos ativos de empresas alemãs em outros países. Mas o maior sinal de que a China está mais atrativa para a Alemanha é que, quando os números referem-se apenas ao que as empresas investiram no ano passado, o peso da China sobe para 6%.

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