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Indicado de Trump ao Supremo se diz comprometido a ser imparcial

Ao defender seu compromisso, o juiz Neil Gorsuch afirmou que "seu único cliente é a lei"

Neil Gorsuch: os senadores democratas mostraram rejeição à designação de Gorsuch (Jonathan Ernst/Reuters)

Neil Gorsuch: os senadores democratas mostraram rejeição à designação de Gorsuch (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de março de 2017 às 14h15.

Washington - O juiz Neil Gorsuch, indicado pelo presidente Donald Trump para a Suprema Corte dos Estados Unidos, garantiu nesta terça-feira que "não existe algo como um juiz republicano e um democrata" e reiterou seu compromisso de agir de maneira "imparcial" de acordo com a lei.

"Estou encorajado pelo apoio recebido de gente que reconhece que não existe algo como um juiz republicano ou um juiz democrata, só há juízes neste país", indicou Gorsuch em seu segundo dia de participação na audiência de confirmação no Comitê Judicial do Senado.

O indicado por Trump ressaltou que não tem "nenhuma dificuldade na hora de decidir por uma sentença contra qualquer partido" já que "seu único cliente é a lei".

Seu comparecimento na audiência de confirmação no Comitê Judicial do Senado acontece em um momento de tensões especiais entre o Executivo e o Legislativo, após os ataques que Trump fez publicamente contra os juízes federais pelo bloqueio de seu decreto para proibir temporariamente a entrada aos EUA de refugiados e cidadãos de seis países muçulmanos.

Gorsuch, que desde 2006 trabalha como magistrado da Corte de Apelações do Décimo Distrito, uma instância imediatamente inferior à Suprema Corte e com sede em Denver, no Colorado, foi designado pelo presidente americano para ocupar a vaga aberta após a morte no ano passado do magistrado Antonin Scalia.

Os senadores democratas mostraram rejeição à designação de Gorsuch depois que os republicanos bloquearam no ano passado o designado pelo então presidente Barack Obama, Mervin Garland, à espera do resultado nas eleições presidenciais de novembro.

A senadora Dianne Feinstein, a democrata de maior categoria no comitê judicial, criticou o comportamento dos republicanos como algo "sem precedentes" em sua intervenção de hoje.

"Estou profundamente incomodada que começamos estas audiências sob estas circunstâncias", disse Feinstein.

Para conseguir sua confirmação, uma vez superado o trâmite do Comitê Judicial do Senado, Gorsuch necessita conseguir no Senado uma maioria de 60 votos para sua confirmação rápida, uma meta que poderia ser difícil superar, pois os republicanos têm maioria de 52 cadeiras e necessitariam do apoio de vários democratas.

Os democratas poderiam atrasar o processo, mas, o mais provável, é que a maioria republicana finalmente consiga se impor se for necessário chegar à votação por maioria simples.

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