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Índia, Rússia e China pedem respeito a acordos sobre Palestina

Países defendem que a paz no Oriente Médio requer "um acordo completo, justo e durável para o conflito palestino-israelense" com base nas resoluções da ONU

Palestina: decisão de Trump disparou a tensão no Oriente Médio e comprometeu o papel de Washington como mediador de paz (Ammar Awad/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de dezembro de 2017 às 10h52.

Nova Délhi - China, Índia e Rússia afirmaram nesta segunda-feira que a solução para o conflito entre Israel e Palestina passa pelo respeito das resoluções das Nações Unidas e das "fronteiras mutuamente reconhecidas", dias depois que o presidente dos Estados Unidos reconheceu Jerusalém como capital israelense.

A paz no Oriente Médio requer "um acordo completo, justo e durável para o conflito palestino-israelense" com base nas resoluções da ONU, na iniciativa de paz árabe e nos acordos prévios entre ambas partes, indicaram em comunicado conjunto os ministros de Relações Exteriores da China, Wang Yi; da Rússia, Serguei Lavrov; e da Índia, Sushma Swaraj.

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Um acordo alcançado, segundo acrescentaram, "através de negociações dirigidas a criar um Estado palestino territorialmente contíguo, independente e viável (...) dentro das fronteiras mutuamente estipuladas (por ambos países) e reconhecidas internacionalmente".

Lavrov, Wang e Swaraj se reuniram hoje em Nova Délhi como parte do mecanismo de consultas trilaterais para tratar assuntos de interesse mútuo.

Embora os ministros de Exteriores não tenham mencionado os Estados Unidos nem Jerusalém, a declaração é divulgada dias depois de o presidente americano, Donald Trump, reconhecer Jerusalém como capital de Israel e anunciar a transferência para lá da embaixada dos Estados Unidos, que agora está em Tel Aviv.

Nenhum país tem sua embaixada em Jerusalém como mostra da desaprovação por ser território ocupado após a guerra de 1967 e anexado em 1980.

A decisão disparou a tensão no Oriente Médio e comprometeu o papel de Washington como mediador de paz.

As Nações Unidas, a União Europeia e os principais países árabes, entre outros, rejeitaram a decisão de Trump, que foi recebida com profundo agradecimento em Israel e grande irritação na Palestina.

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