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Independentistas escoceses insistem que haverá novo referendo

Segundo o deputado Angus Robertson, seria "antidemocrático e totalmente inaceitável" se o governo de Londres negasse o pedido de Edimburgo

Angus Robertson: o deputado advertiu a premiê britânica de que ela "não deveria se interpor à democracia (Russell Cheyne/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de março de 2017 às 11h22.

Londres - O número 2 do Partido Nacionalista Escocês (SNP, sigla em inglês), Angus Robertson, disse nesta sexta-feira que "não há nenhuma dúvida" de que a Escócia realizará um segundo referendo de independência, apesar de a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, ter rejeitado esta opção.

Robertson advertiu a premiê britânica de que ela "não deveria se interpor à democracia" em discurso de abertura do congresso de primavera (hemisfério norte) do partido governante na Escócia, que conclui amanhã com a intervenção da líder e primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon.

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O deputado e porta-voz do SNP na Câmara dos Comuns opinou que seria "antidemocrático e totalmente inaceitável" se o governo de Londres negasse o pedido do parlamento de Edimburgo para convocar essa consulta.

"Que não haja a menor dúvida: a Escócia terá seu referendo e o povo deste país poderá escolher. Sua voz não será silenciada" disse Robertson.

"O referendo da Escócia vai acontecer e nenhum primeiro-ministro do Reino Unido deveria se atrever a se colocar no caminho da democracia na Escócia", acrescentou o deputado.

May afirmou ontem que este "não é o momento" de realizar uma segunda consulta, quando o Reino Unido se dispõe a ativar no final de mês o "Brexit", a saída da União Europeia (UE).

A chefe de governo opinou hoje em artigo publicado no jornal "The Times" que o governo escocês quer "obrigá-la" a aceitar o referendo, algo que, em sua opinião, seria "injusto" para o povo escocês e que "nenhum governo razoável faria".

O Executivo autônomo planeja apresentar na próxima terça-feira ao parlamento de Edimburgo uma moção que lhe autorize a obter do governo de Londres uma ordem para que a assembleia escocesa legisle a convocação desse referendo.

Essa moção será possivelmente votada na quarta-feira e, em seguida, May deverá confirmar se emite ou não essa ordem e em que termos.

Na última segunda-feira, Sturgeon anunciou que promoveria um projeto de lei para convocar um segundo referendo em 2018 ou 2019, após o que perdeu em 2014, por desacordos com o governo central sobre o "Brexit".

A Escócia, que votou majoritariamente a favor da permanência na UE no referendo britânico de 23 de junho do ano passado, quer ficar no mercado único, enquanto May quer retirar o Reino Unido de todas as instituições europeias e se nega a dar à Escócia um tratamento preferencial.

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