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Incêndio florestal ruma para o sul de Portugal e ameaça cidades turísticas

Incêndio começou em florestas de eucaliptos e pinheiros nas colinas e segue firme para o litoral, onde milhares de turistas passam férias todos os anos

Portugal: incêndio irrompeu cinco dias atrás, durante uma onda de calor extremo (Rafael Marchante/Reuters)
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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 18h07.

Monchique, Portugal - O governo de Portugal transferiu o comando dos serviços de emergência que combatem um grande incêndio no Algarve, região do sul do país, para a esfera federal nesta terça-feira, quando o fogo rumou para o sul na direção de cidades turísticas litorâneas populares.

O incêndio começou em florestas de eucaliptos e pinheiros nas colinas, mas agora segue firme para o litoral, onde milhares de turistas estrangeiros e locais passam férias todos os anos.

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A fumaça estava engrossando na costa e as chamas se aproximando da cidade de Silves, 10 quilômetros território adentro, onde um morador disse que estava "nevando cinzas".

O incêndio irrompeu cinco dias atrás, durante uma onda de calor extremo, e rendeu críticas às autoridades, apesar dos esforços destas para evitar uma repetição do maior incêndio florestal de Portugal, que matou 114 pessoas no ano passado.

Neste ano não houve nenhuma morte, já que as autoridades esvaziaram vilarejos no caminho do fogo. Cerca de 30 pessoas fora tratadas por inalação de fumaça e queimaduras.

"Decidimos passar a coordenação da operação para o nível nacional, administrado diretamente pelo comandante nacional e sua equipe", anunciou o ministro do Interior, Eduardo Cabrita, depois de uma reunião de emergência do Serviço de Proteção Civil.

"Isso nos permitirá reforçar a mobilização de recursos".

Até a tarde desta terça-feira mais 100 bombeiros haviam sido convocados, elevando o total para 1.320. Há 420 caminhões dos bombeiros e 17 aeronaves envolvidos no esforço.

"Está nevando cinzas e o céu está amarelado. A cena parece saída direto de um filme de ficção científica, porque esta cor não é normal", disse Nuno Sarsfield Magalhães, de 43 anos, dono de uma empresa de agronegócio em Silves.

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