Human Rights Watch denuncia uso de gás cloro pela Síria
Organização denunciou que helicópteros do regime sírio lançaram barris com gás de cloro contra três localidades
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2014 às 13h41.
Cairo - A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta terça-feira que helicópteros do regime sírio lançaram barris com gás de cloro contra três localidades do norte do país em meados de abril.
A ONG destacou que as tropas do governo utilizaram esse composto industrial como uma arma, contra a Convenção sobre a Proibição das Armas Químicas , que a Síria assinou em outubro.
O grupo de direitos humanos entrevistou dez testemunhas, incluídos cinco médicos, que disseram ter visto helicópteros lançando bombas e escutaram o barulho das aeronaves antes das explosões, que foram seguidas pelo cheiro peculiar.
Foi compilado material gráfico que "sugere de maneira explícita" que o governo lançou barris que continham gás de cloro em ataques registrados entre 11 e 21 de abril, e que deixaram pelo menos 11 mortos e quase 500 feridos.
As bombas caíram sobre os povoados de Kafr Zita, na província central de Hama, e de Al Temana e Telmans, na província de Idlib, no norte do país.
Algumas testemunhas explicaram que o cheiro desprendido após esses ataques era parecido com o de produtos de limpeza, que também contêm cloro.
A metade dos entrevistados pela organização acrescentou que as explosões produziram uma fumaça "amarela", além da que normalmente sai dos lugares bombardeados.
Os médicos explicaram que entre a população apareceram sintomas como vômitos, coceira e olhos vermelhos, e dificuldades de diferentes graus para ver e respirar.
O especialista em agentes químicos Keith Ward disse à Human Rights Watch que essas provas "apoiam a conclusão de que se utilizou gás de cloro nos ataques, seguramente pela ruptura de cilindros comerciais de gás comprimido de cloro".
O grupo lembrou que a única parte em conflito com helicópteros e aviões é o governo sírio.
"O aparente uso da Síria do gás de cloro como arma, por não mencionar seus ataques a civis, é uma violação da lei internacional", apontou a subdiretora da HRW no Oriente Médio e Norte da África, Nadim Houry.
"Esta é mais uma razão para que o Conselho de Segurança da ONU leve o caso da Síria ao Tribunal Penal Internacional", acrescentou.
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) já anunciou no final de abril a constituição de uma missão de investigação na Síria para estudar os supostos ataques com gás de cloro denunciados por ativistas.
Entre outras questões, essa missão deverá esclarecer o ataque de 11 de abril em Kafr Zita, do que o executivo de Damasco e a oposição se acusam mutuamente.
A Síria se comprometeu a entregar todo seu arsenal químico para destruição antes de 30 de junho, apesar da ONU ter expressado recentemente sua inquietação pela falta de acesso a 8% desse armamento que ainda permanece em território sírio.
Cairo - A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta terça-feira que helicópteros do regime sírio lançaram barris com gás de cloro contra três localidades do norte do país em meados de abril.
A ONG destacou que as tropas do governo utilizaram esse composto industrial como uma arma, contra a Convenção sobre a Proibição das Armas Químicas , que a Síria assinou em outubro.
O grupo de direitos humanos entrevistou dez testemunhas, incluídos cinco médicos, que disseram ter visto helicópteros lançando bombas e escutaram o barulho das aeronaves antes das explosões, que foram seguidas pelo cheiro peculiar.
Foi compilado material gráfico que "sugere de maneira explícita" que o governo lançou barris que continham gás de cloro em ataques registrados entre 11 e 21 de abril, e que deixaram pelo menos 11 mortos e quase 500 feridos.
As bombas caíram sobre os povoados de Kafr Zita, na província central de Hama, e de Al Temana e Telmans, na província de Idlib, no norte do país.
Algumas testemunhas explicaram que o cheiro desprendido após esses ataques era parecido com o de produtos de limpeza, que também contêm cloro.
A metade dos entrevistados pela organização acrescentou que as explosões produziram uma fumaça "amarela", além da que normalmente sai dos lugares bombardeados.
Os médicos explicaram que entre a população apareceram sintomas como vômitos, coceira e olhos vermelhos, e dificuldades de diferentes graus para ver e respirar.
O especialista em agentes químicos Keith Ward disse à Human Rights Watch que essas provas "apoiam a conclusão de que se utilizou gás de cloro nos ataques, seguramente pela ruptura de cilindros comerciais de gás comprimido de cloro".
O grupo lembrou que a única parte em conflito com helicópteros e aviões é o governo sírio.
"O aparente uso da Síria do gás de cloro como arma, por não mencionar seus ataques a civis, é uma violação da lei internacional", apontou a subdiretora da HRW no Oriente Médio e Norte da África, Nadim Houry.
"Esta é mais uma razão para que o Conselho de Segurança da ONU leve o caso da Síria ao Tribunal Penal Internacional", acrescentou.
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) já anunciou no final de abril a constituição de uma missão de investigação na Síria para estudar os supostos ataques com gás de cloro denunciados por ativistas.
Entre outras questões, essa missão deverá esclarecer o ataque de 11 de abril em Kafr Zita, do que o executivo de Damasco e a oposição se acusam mutuamente.
A Síria se comprometeu a entregar todo seu arsenal químico para destruição antes de 30 de junho, apesar da ONU ter expressado recentemente sua inquietação pela falta de acesso a 8% desse armamento que ainda permanece em território sírio.