Hamas vê possibilidade de reconciliação com Fatah
Lider do grupo disse que o reconhecimento implícito do Estado palestino deve ser visto como uma só ousada estratégia para o empoderamento de todos os palestinos
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 09h39.
Doha - O líder do Hamas, Khaled Meshaal, disse que o reconhecimento implícito do Estado palestino obtido por seu rival Mahmoud Abbas na Organização das Nações Unidas ( ONU ) deve ser visto, junto com o recente conflito na Faixa de Gaza, como uma só ousada estratégia para o empoderamento de todos os palestinos.
Meshaal disse que a curta guerra de Israel contra militantes de Gaza, que matou 162 palestinos e cinco israelenses, foi encerrada com base em termos estabelecidos pelo grupo islâmico Hamas, que governa Gaza, e que isso acabou com seu isolamento, criando um novo ambiente que pode levar à reconciliação dessa facção com a rival Fatah, do presidente Abbas, que controla a Cisjordânia.
Em entrevista à Reuters em Doha, ele disse que Israel vive um clima de desânimo, em contraste com a alegria dos palestinos em Gaza e na Cisjordânia. "Pela primeira vez um cessar-fogo foi obtido sobre condições estabelecidas pelo Hamas, e na presença dos norte-americanos", insistiu.
Meshaal manifestou forte apoio à iniciativa diplomática de Abbas, que obteve na quinta-feira expressiva maioria na Assembleia Geral da ONU para elevar o status palestino no organismo internacional. A Autoridade Palestina, antes uma "entidade observadora", agora passou ao status de "Estado não-membro".
Israel e Estados Unidos criticaram duramente a iniciativa, dizendo que qualquer reconhecimento do Estado palestino só poderia ocorrer após negociações bilaterais envolvendo a Autoridade Palestina e os israelenses.
Embora tenha poucas consequências práticas, a votação da ONU poderá contribuir para "unificar os esforços nacionais palestinos", segundo Meshaal.
"Eu disse a Abou Mazen (pseudônimo de Abbas) que queremos que essa medida seja parte de uma estratégia nacional palestina (que inclua) a resistência (armada) que se sobressaiu em Gaza e deu um exemplo da capacidade do povo palestino para resistir e confrontar resolutamente o ocupante", disse Meshaal, confiante.
O cessar-fogo em Gaza foi obtido em grande parte graças à mediação do vizinho Egito, agora sob um governo ligado ao grupo Irmandade Muçulmana, aliado do Hamas. Meshaal sugeriu que a ascensão islâmica no Cairo e "a derrota do inimigo em Gaza" criam um novo ambiente propício à formação de um governo palestino de unidade nacional.
"Estou otimista, há um novo humor que nos permite alcançar a reconciliação", disse Meshaal num hotel de Doha, onde vive exilado desde que deixou a Síria, no começo do ano.
"Quando nos reconciliarmos, nos unirmos e acabarmos com as divisões, e tivermos uma liderança política e um sistema político, então estaremos mais fortes e melhores, e poderemos alcançar mais, e nossa resposta à agressão israelense em todas as suas formas será melhor", disse o dirigente.
A Fatah e o Hamas estão rompidos desde uma curta guerra civil de 2007, quando as forças de Abbas foram expulsas da Cisjordânia, levando ao rompimento de um governo de coalizão resultante das eleições de 2006, vencidas pelo Hamas.
Doha - O líder do Hamas, Khaled Meshaal, disse que o reconhecimento implícito do Estado palestino obtido por seu rival Mahmoud Abbas na Organização das Nações Unidas ( ONU ) deve ser visto, junto com o recente conflito na Faixa de Gaza, como uma só ousada estratégia para o empoderamento de todos os palestinos.
Meshaal disse que a curta guerra de Israel contra militantes de Gaza, que matou 162 palestinos e cinco israelenses, foi encerrada com base em termos estabelecidos pelo grupo islâmico Hamas, que governa Gaza, e que isso acabou com seu isolamento, criando um novo ambiente que pode levar à reconciliação dessa facção com a rival Fatah, do presidente Abbas, que controla a Cisjordânia.
Em entrevista à Reuters em Doha, ele disse que Israel vive um clima de desânimo, em contraste com a alegria dos palestinos em Gaza e na Cisjordânia. "Pela primeira vez um cessar-fogo foi obtido sobre condições estabelecidas pelo Hamas, e na presença dos norte-americanos", insistiu.
Meshaal manifestou forte apoio à iniciativa diplomática de Abbas, que obteve na quinta-feira expressiva maioria na Assembleia Geral da ONU para elevar o status palestino no organismo internacional. A Autoridade Palestina, antes uma "entidade observadora", agora passou ao status de "Estado não-membro".
Israel e Estados Unidos criticaram duramente a iniciativa, dizendo que qualquer reconhecimento do Estado palestino só poderia ocorrer após negociações bilaterais envolvendo a Autoridade Palestina e os israelenses.
Embora tenha poucas consequências práticas, a votação da ONU poderá contribuir para "unificar os esforços nacionais palestinos", segundo Meshaal.
"Eu disse a Abou Mazen (pseudônimo de Abbas) que queremos que essa medida seja parte de uma estratégia nacional palestina (que inclua) a resistência (armada) que se sobressaiu em Gaza e deu um exemplo da capacidade do povo palestino para resistir e confrontar resolutamente o ocupante", disse Meshaal, confiante.
O cessar-fogo em Gaza foi obtido em grande parte graças à mediação do vizinho Egito, agora sob um governo ligado ao grupo Irmandade Muçulmana, aliado do Hamas. Meshaal sugeriu que a ascensão islâmica no Cairo e "a derrota do inimigo em Gaza" criam um novo ambiente propício à formação de um governo palestino de unidade nacional.
"Estou otimista, há um novo humor que nos permite alcançar a reconciliação", disse Meshaal num hotel de Doha, onde vive exilado desde que deixou a Síria, no começo do ano.
"Quando nos reconciliarmos, nos unirmos e acabarmos com as divisões, e tivermos uma liderança política e um sistema político, então estaremos mais fortes e melhores, e poderemos alcançar mais, e nossa resposta à agressão israelense em todas as suas formas será melhor", disse o dirigente.
A Fatah e o Hamas estão rompidos desde uma curta guerra civil de 2007, quando as forças de Abbas foram expulsas da Cisjordânia, levando ao rompimento de um governo de coalizão resultante das eleições de 2006, vencidas pelo Hamas.