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Guaidó diz que detenção mostra "desespero" do governo venezuelano

Guaidó disse a jornalistas que Maduro "já não controla as Forças Armadas", o que revela o "grave problema" na instituição militar

. (Manaure Quintero/Reuters)
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EFE

Publicado em 13 de janeiro de 2019 às 18h03.

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela (AN, Parlamento), o opositor Juan Guaidó, disse neste domingo que sua detenção durante meia hora mostra o "desespero" do governo de Nicolás Maduro.

"Estão desesperados em Miraflores (sede do Executivo), não sabem quem dá as ordens", disse o deputado do Vontade Popular (VP) diante de centenas de pessoas em um ato no estado Vargas, próximo a Caracas.

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Guaidó chegou a este ato duas horas depois do previsto, pois quando estava a caminho foi interceptado por um grupo de agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), que, usando armas e capuzes, o "sequestrou" por uma meia hora.

O ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, informou que este incidente foi um procedimento irregular e unilateral e que os agentes foram destituídos e uma investigação foi aberta para esclarecer o caso.

Guaidó disse a jornalistas que a versão oficial demonstra que Maduro "já não controla as Forças Armadas", o que revela o "grave problema" na instituição militar.

"Eles me sequestraram, estivemos em um carro. Pude me salvar do sequestro porque há pessoas que acreditam na Venezuela. Tentaram me colocar algemas, não permiti porque sou o presidente da AN, porque represento um poder legítimo", relatou o opositor.

Segundo Guaidó, os agentes disseram que estavam cumprindo uma "ordem", mas que "não sabiam o que estavam fazendo".

O legislador reiterou que o Parlamento discutirá na terça-feira um projeto de decreto de anistia para militares, a quem a oposição pediu o apoio para "restabelecer a democracia" na Venezuela. EFE

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