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Governo turco destitui chefes de polícia em províncias

Chefes de polícia de 16 províncias da Turquia foram destituídos pelo Ministério do Interior

Recep Tayyp Erdogan: cerca de 1.500 agentes e 200 altos comandantes da polícia foram substituídos desde a eclosão de escândalo de corrupção e suborno (Murad Sezer/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 09h02.

Ancara - Os chefes de polícia de 16 províncias da Turquia foram destituídos pelo Ministério do Interior, no que constitui o mais recente episódio no enfrentamento entre o governo e o movimento islamita de Fethullah Gülen, segundo medidas anunciadas no Diário Oficial do país.

Após a substituição do chefe da polícia de Istambul, agora foram cassados os comandantes de Ancara, Esmirna e Adana, entre outras capitais regionais da Turquia, que conta com 81 províncias.

Além disso, foi destituído o subdiretor-general de Segurança da Turquia. O conservador movimento de Gülen conta com muitos seguidores no setor judiciário e na polícia.

Cerca de 1.500 agentes e 200 altos comandantes da polícia foram substituídos na Turquia desde a eclosão de um grande escândalo de corrupção e suborno, no qual estão envolvidas várias pessoas muito próximas ao governo, entre ela dois filhos de agora ex-ministros.

Ontem foram detidas 25 pessoas relacionadas a essa investigação e pouco depois os chefes policiais responsáveis pelas detenções foram destituídos.

Entre os afetados pelo expurgo no sistema policial e judicial se encontra também o conhecido promotor Zekeriya Öz, considerado na Turquia durante anos como o "Di Pietro turco", em referência ao famoso promotor antimáfia italiano.

Öz foi transferido ontem a uma posição de pouca relevância na região de Istambul. Além disso, foi aberta uma investigação contra ele.

O primeiro-ministro turco, o islamita moderado Recep Tayyp Erdogan, disse na segunda-feira, antes de partir para uma viagem pela Ásia, que seu partido. o AKP, está disposto a seguir adiante em suas mudanças para restringir o que qualificou como "poderes ilimitados do judiciário".

Vários deputados do AKP propuseram realizar mudanças legais para reestruturar o Conselho Supremo de Juízes e Promotores para dar mais poder e controle ao Ministério da Justiça.

Mas o avanço do governo de Erdogan contra os seguidores de Gülen não se limita à justiça e polícia, pois vários altos funcionários do Ministério das Finanças e de Educação foram destituídos nos últimos dias.

Erdogan e Fethullah Gülen, quem vive nos Estados Unidos, foram aliados durante anos mas agora são rivais, o que poderia ter consequências eleitorais para o AKP nas importantes eleições municipais de março.

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Após a substituição do chefe da polícia de Istambul, agora foram cassados os comandantes de Ancara, Esmirna e Adana, entre outras capitais regionais da Turquia, que conta com 81 províncias.

Além disso, foi destituído o subdiretor-general de Segurança da Turquia. O conservador movimento de Gülen conta com muitos seguidores no setor judiciário e na polícia.

Cerca de 1.500 agentes e 200 altos comandantes da polícia foram substituídos na Turquia desde a eclosão de um grande escândalo de corrupção e suborno, no qual estão envolvidas várias pessoas muito próximas ao governo, entre ela dois filhos de agora ex-ministros.

Ontem foram detidas 25 pessoas relacionadas a essa investigação e pouco depois os chefes policiais responsáveis pelas detenções foram destituídos.

Entre os afetados pelo expurgo no sistema policial e judicial se encontra também o conhecido promotor Zekeriya Öz, considerado na Turquia durante anos como o "Di Pietro turco", em referência ao famoso promotor antimáfia italiano.

Öz foi transferido ontem a uma posição de pouca relevância na região de Istambul. Além disso, foi aberta uma investigação contra ele.

O primeiro-ministro turco, o islamita moderado Recep Tayyp Erdogan, disse na segunda-feira, antes de partir para uma viagem pela Ásia, que seu partido. o AKP, está disposto a seguir adiante em suas mudanças para restringir o que qualificou como "poderes ilimitados do judiciário".

Vários deputados do AKP propuseram realizar mudanças legais para reestruturar o Conselho Supremo de Juízes e Promotores para dar mais poder e controle ao Ministério da Justiça.

Mas o avanço do governo de Erdogan contra os seguidores de Gülen não se limita à justiça e polícia, pois vários altos funcionários do Ministério das Finanças e de Educação foram destituídos nos últimos dias.

Erdogan e Fethullah Gülen, quem vive nos Estados Unidos, foram aliados durante anos mas agora são rivais, o que poderia ter consequências eleitorais para o AKP nas importantes eleições municipais de março.

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