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Governo tailandês volta a pedir diálogo e fim dos protestos

A primeira-ministra da Tailândia voltou a pedir o diálogo e o fim dos protestos para dezenas de milhares de pessoas que se manifestam contra o Executivo

Protesto contra o governo na Tailândia: "governo não quer entrar neste jogo político", disse primeira-ministra (Damir Sagolj/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2013 às 08h06.

Bangcoc - A primeira-ministra da Tailândia , Yincluck Shinawatra, voltou nesta quinta-feira a pedir o diálogo e o fim dos protestos para dezenas de milhares de pessoas que se manifestam contra o Executivo em Bangcoc e em várias províncias.

"O governo não quer entrar neste jogo político porque fazer isso afetará a economia e o país", disse Yingluck em discurso transmitido pela televisão após derrotar com facilidade uma moção de censura no Parlamento apresentada pelo Partido Democrata, que a acusou de corrupção e afundar a economia.

A governante pediu aos manifestantes que retornassem para suas casas e negociassem uma solução com o governo, e solicitou a comunidade internacional que tenha confiança na Tailândia e na capacidade de seu Executivo para alcançar uma solução pacífica.

Pelo menos 28 países recomendaram que seus cidadãos evitem as áreas das manifestações na Tailândia.

Enquanto isso, o líder dos protestos, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, que recentemente renunciou ao cargo de vice-presidente do Partido Democrata, rejeitou qualquer negociação com as autoridades, enquanto a pressão nas ruas aumenta.

No domingo uma manifestação reuniu milhões de pessoas, na segunda-feira o Ministério das Finanças foi ocupado por manifestantes, na terça-feira mais ministérios foram ocupados e ontem os protestos se estenderam pelas províncias.


Até o momento não foram registrados importantes atos de violência e a primeira-ministra afirmou em várias ocasiões que não usará a força com os manifestantes, embora na segunda-feira aplicou a Lei de Segurança Interna, que concede poderes especiais às forças de segurança.

Suthep continua afirmando que a mobilização antigovernamental não é para chegar ao poder, mas para expulsar o "regime dos Shinawatra" da política tailandesa.

A primeira-ministra é a irmã mais nova de Thaksin Shinawatra, chefe do governo tailandês desde 2001 até o golpe militar que o derrubou em 2006.

Os aliados de Thaksin recuperaram o governo nas eleições realizadas no final de 2007, que restabeleceram a democracia, mas o perderam após 12 meses.

Em 2011, Yingluck entrou na política para liderar o partido de seu irmão e ganhou com facilidade as eleições gerais.

Embora Suthep reine nas ruas de Bangcoc, Yingluck ainda não usou o trunfo dos "camisas vermelhas", que estão reunidos desde domingo em um estádio esportivo na capital à espera de ordens para agirem em defesa do governo.

Em 2010, os "camisas vermelhas" ocuparam o centro de Bangcoc durante mais de dois meses, até que foram expulsos à força, com um saldo final de 92 mortos, 1.800 feridos e perdas milionárias no comércio da região.

Nesta época o Partido Democrata governava e Suthep, que era vice-primeiro-ministro, pediu aos manifestantes que respeitassem a propriedade privada, as instituições públicas e não paralizassem as atividades econômicas e políticas do país.

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Bangcoc - A primeira-ministra da Tailândia , Yincluck Shinawatra, voltou nesta quinta-feira a pedir o diálogo e o fim dos protestos para dezenas de milhares de pessoas que se manifestam contra o Executivo em Bangcoc e em várias províncias.

"O governo não quer entrar neste jogo político porque fazer isso afetará a economia e o país", disse Yingluck em discurso transmitido pela televisão após derrotar com facilidade uma moção de censura no Parlamento apresentada pelo Partido Democrata, que a acusou de corrupção e afundar a economia.

A governante pediu aos manifestantes que retornassem para suas casas e negociassem uma solução com o governo, e solicitou a comunidade internacional que tenha confiança na Tailândia e na capacidade de seu Executivo para alcançar uma solução pacífica.

Pelo menos 28 países recomendaram que seus cidadãos evitem as áreas das manifestações na Tailândia.

Enquanto isso, o líder dos protestos, o ex-vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban, que recentemente renunciou ao cargo de vice-presidente do Partido Democrata, rejeitou qualquer negociação com as autoridades, enquanto a pressão nas ruas aumenta.

No domingo uma manifestação reuniu milhões de pessoas, na segunda-feira o Ministério das Finanças foi ocupado por manifestantes, na terça-feira mais ministérios foram ocupados e ontem os protestos se estenderam pelas províncias.


Até o momento não foram registrados importantes atos de violência e a primeira-ministra afirmou em várias ocasiões que não usará a força com os manifestantes, embora na segunda-feira aplicou a Lei de Segurança Interna, que concede poderes especiais às forças de segurança.

Suthep continua afirmando que a mobilização antigovernamental não é para chegar ao poder, mas para expulsar o "regime dos Shinawatra" da política tailandesa.

A primeira-ministra é a irmã mais nova de Thaksin Shinawatra, chefe do governo tailandês desde 2001 até o golpe militar que o derrubou em 2006.

Os aliados de Thaksin recuperaram o governo nas eleições realizadas no final de 2007, que restabeleceram a democracia, mas o perderam após 12 meses.

Em 2011, Yingluck entrou na política para liderar o partido de seu irmão e ganhou com facilidade as eleições gerais.

Embora Suthep reine nas ruas de Bangcoc, Yingluck ainda não usou o trunfo dos "camisas vermelhas", que estão reunidos desde domingo em um estádio esportivo na capital à espera de ordens para agirem em defesa do governo.

Em 2010, os "camisas vermelhas" ocuparam o centro de Bangcoc durante mais de dois meses, até que foram expulsos à força, com um saldo final de 92 mortos, 1.800 feridos e perdas milionárias no comércio da região.

Nesta época o Partido Democrata governava e Suthep, que era vice-primeiro-ministro, pediu aos manifestantes que respeitassem a propriedade privada, as instituições públicas e não paralizassem as atividades econômicas e políticas do país.

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