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Governo sírio voltará ao diálogo se não houver pré-condições

O chefe da diplomacia síria afirmou que "é necessário que haja um amplo espectro de grupos opositores representados nas conversas futuras"

Síria: o ministro sírio também reiterou sobre a necessidade de levantar as "medidas unilaterais injustas", em referência às sanções (Alaa Al-Faqir / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 11h39.

Damasco - O ministro sírio de Relações Exteriores, Walid al Muallem, afirmou nesta terça-feira que seu governo irá participar da próxima rodada de conversas com a oposição em Genebra, prevista para o dia 25 de fevereiro, se não houver pré-condições.

Assim o comunicou ao enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, durante uma reunião em Damasco.

Segundo um comunicado do Ministério sírio das Relações Exteriores, Al Muallem "insistiu durante as conversas com De Mistura que o governo está comprometido com a continuação do diálogo entre sírios sem pré-condições".

O chefe da diplomacia síria destacou que a "seriedade" e "confiabilidade" de seu Executivo e da delegação governamental em Genebra ficaram demonstradas em seus esforços para resolver o conflito no país.

Al Muallem afirmou que "é necessário que haja um amplo espectro de grupos opositores representados nas conversas futuras".

Por outro lado, o ministro sírio reiterou sobre a necessidade de levantar as "medidas unilaterais injustas", em referência às sanções, impostas por Estado Unidos e pela União Europeia à Síria, que "contribuem para o aumento do sofrimento do povo sírio".

De Mistura chegou ontem à noite a Damasco em uma visita de um dia ao território sírio para impulsionar o estagnado processo de paz e promover o cessar-fogo proposto pela Rússia e EUA.

Na quinta-feira, Washington e Moscou anunciaram que tinham acordado um cessar-fogo na Síria no prazo de uma semana e um aumento da ajuda humanitária neste país.

No entanto, em discurso ontem à noite, o presidente sírio, Bashar al Assad, disse que é "difícil" o cumprimento desta medida.

"Querem um cessar-fogo em uma semana. Quem pode reunir todas as condições em uma semana? Ninguém", considerou o líder sírio em discurso divulgado por veículos de comunicação ficiais.

Apesar da proposta de cessar-fogo, a viagem de De Mistura ocorre no meio de um aumento da violência no Estado árabe.

Desde Genebra, o porta-voz da ONU, Ahmad Fawzi, anunciou hoje que "o plano de retomar as conversas em 25 de fevereiro, ou antes se for possível, se mantém.

A degradação da situação só fica mais evidente que não se pode esperar mais".

Segundo Fawzi, De Mistura falou com Al Muallem sobre a necessidade de que as organizações humanitárias tenham "um acesso sem obstáculos a todas as áreas cercadas militarmente".

Esta reivindicação faz referência não só às áreas sitiadas pelas forças governamentais, mas também às controladas pelos grupos opositores armados e organizações terroristas, como o grupo Estado Islâmico (EI), apreciou o porta-voz.

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Damasco - O ministro sírio de Relações Exteriores, Walid al Muallem, afirmou nesta terça-feira que seu governo irá participar da próxima rodada de conversas com a oposição em Genebra, prevista para o dia 25 de fevereiro, se não houver pré-condições.

Assim o comunicou ao enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, durante uma reunião em Damasco.

Segundo um comunicado do Ministério sírio das Relações Exteriores, Al Muallem "insistiu durante as conversas com De Mistura que o governo está comprometido com a continuação do diálogo entre sírios sem pré-condições".

O chefe da diplomacia síria destacou que a "seriedade" e "confiabilidade" de seu Executivo e da delegação governamental em Genebra ficaram demonstradas em seus esforços para resolver o conflito no país.

Al Muallem afirmou que "é necessário que haja um amplo espectro de grupos opositores representados nas conversas futuras".

Por outro lado, o ministro sírio reiterou sobre a necessidade de levantar as "medidas unilaterais injustas", em referência às sanções, impostas por Estado Unidos e pela União Europeia à Síria, que "contribuem para o aumento do sofrimento do povo sírio".

De Mistura chegou ontem à noite a Damasco em uma visita de um dia ao território sírio para impulsionar o estagnado processo de paz e promover o cessar-fogo proposto pela Rússia e EUA.

Na quinta-feira, Washington e Moscou anunciaram que tinham acordado um cessar-fogo na Síria no prazo de uma semana e um aumento da ajuda humanitária neste país.

No entanto, em discurso ontem à noite, o presidente sírio, Bashar al Assad, disse que é "difícil" o cumprimento desta medida.

"Querem um cessar-fogo em uma semana. Quem pode reunir todas as condições em uma semana? Ninguém", considerou o líder sírio em discurso divulgado por veículos de comunicação ficiais.

Apesar da proposta de cessar-fogo, a viagem de De Mistura ocorre no meio de um aumento da violência no Estado árabe.

Desde Genebra, o porta-voz da ONU, Ahmad Fawzi, anunciou hoje que "o plano de retomar as conversas em 25 de fevereiro, ou antes se for possível, se mantém.

A degradação da situação só fica mais evidente que não se pode esperar mais".

Segundo Fawzi, De Mistura falou com Al Muallem sobre a necessidade de que as organizações humanitárias tenham "um acesso sem obstáculos a todas as áreas cercadas militarmente".

Esta reivindicação faz referência não só às áreas sitiadas pelas forças governamentais, mas também às controladas pelos grupos opositores armados e organizações terroristas, como o grupo Estado Islâmico (EI), apreciou o porta-voz.

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