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Governo e rebeldes retomam negociações de paz na Ucrânia

O governo da Ucrânia e os separatistas pró-Rússia retomam negociações de paz, após duas semanas de trégua

Rebeldes pró-Rússia: separatistas se mostraram dispostos a dialogar (Alexandr Osinskiy/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2014 às 09h11.

Moscou - O governo da Ucrânia e os separatistas pró- Rússia retomam nesta sexta-feira em Minsk, em Belarus, as negociações de paz com mediação russa e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) após duas semanas de trégua.

Além dos problemas humanitários e de segurança, o principal ponto da agenda são os três anos de autogoverno que Kiev está disposta a conceder aos rebeldes, de acordo a lei aprovada esta semana pelo legislativo.

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O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, ainda não sancionou a lei, mas na quinta-feira se mostrou disposto a conceder mais competências às zonas rebeldes, desde que permaneçam no seio de um Estado unitário da Ucrânia.

"Estou disposto a conceder mais direitos aos separatistas do que a qualquer outra parte da Ucrânia na história da nossa nação. Estou disposto a falar sobre qualquer coisa, menos da independência da Ucrânia, sua integridade territorial e sua soberania", afirmou.

Os separatistas pró-Rússia se mostraram dispostos a dialogar após considerarem que a lei de autogoverno inclui "pontos interessantes", mas insistiram que não renunciarão a independência. Além disso, negaram a possibilidade de o governo central de Kiev organizar as eleições locais convocadas para o dia 7 de dezembro, conforme a lei.

Para a Rússia, a norma foi considerada "um passo na direção certa", mas defendeu a continuidade do processo de reforma constitucional para garantir os direitos das minorias na Ucrânia, em referência aos falantes de russo.

É esperado que o ex-presidente ucraniano Leonid Kuchma e o embaixador russo Mikhail Zubarov estejam nas negociações. Os separatistas estarão representados pelo líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko.

Mesmo com dificuldades, o cessar-fogo é mantido na zona de conflito, o que não impede que ambos os lados se acusem diariamente de violar a trégua, especialmente nos arredores de Donetsk, principal reduto rebelde.

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