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George Mitchell, da paz na Irlanda ao conflito do Oriente Médio

O presidente Obama oficializou nesta sexta-feira a renúncia de Mitchell, prestando homenagem a sua "contribuição inestimável" para o processo de paz do Oriente Médio

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2011 às 00h03.

Washington- George Mitchell, emissário americano para o Oriente Médio que renunciou nesta sexta-feira depois de ter tentado em vão durante dois anos retomar as negociações entre Israel e o povo palestino, foi uma personalidade importante no processo de paz na Irlanda do Norte.

O presidente americano Barack Obama oficializou nesta sexta-feira a renúncia de Mitchell, prestando uma homenagem a este "incansável" emissário e a sua "contribuição inestimável" para o processo de paz do Oriente Médio.

Mitchell, de 77 anos, tinha sido designado para seu posto em janeiro de 2009, quando Obama assumiu o poder, o que mostrou a importância que o novo governo dos Estados Unidos pretendia dar ao Oriente Médio.

Durante dois anos, este ex-senador passou muito de seu tempo viajando de avião, tentando -em vão- convencer ambas as partes do conflito palestino-israelense a relançar um diálogo direto.

A última tentativa, iniciada em Washington em setembro de 2010, fracassou menos de um mês depois, quando Israel se negou a prolongar a moratória sobre a colonização judaica na Cisjordânia.

George Mitchell obteve, no entanto, façanhas no processo de paz do conflito na Irlanda do Norte, que gerou o acordo histórico da Sexta-feira Santa, em 1998.

Nessa época, Mitchell era considerado um dos poucos protagonistas do processo de paz na Irlanda do Norte que contava com a confiança de todas as partes envolvidas.

Este católico maronita de mãe libanesa era desde 1994 o conselheiro especial de assuntos econômicos da Irlanda do Norte do presidente Bill Clinton.

Em seu livro sobre essa experiência, "Making Peace", relatou a forma como os costumes políticos locais haviam colocado à prova seu talento de negociador durante os diálogos de paz.

Em 2000, Mitchell presidiu a comissão internacional para o Oriente Médio, que levou seu nome, com o objetivo de encontrar meios para deter a violência entre palestinos e israelenses.

Em seu relatório de 2001, pediu que ambas as partes tomassem medidas imediatas para cessar ipso facto e sem condições os atos violentos, mas desde então, suas propostas não tiveram efeito.

Mais novo de uma família católica humilde de cinco filhos, George Mitchell nasceu no 20 de agosto de 1933 em Waterville (Maine, nordeste), de pai irlandês e mãe libanesa.

Depois de ter financiado seus estudos de Direito graças a empregos de meia jornada nos quais trabalhou como caminhoneiro e vigia noturno, iniciou a sua carreira como advogado, promotor e juiz.

Mais tarde entrou para o Senado americano, onde atuou de 1980 a 1995. Liderou a maioria democrata no Senado de 1988 a 1994, sob o governo de George Bush pai e de Bill Clinton.

Em 1999 presidiu uma comissão de investigação sobre o escândalo da escolha de Salt Lake City para sede das Olimpíadas de Inverno de 2002.

Depois de ter deixado a vida política, associou-se a um escritório de advocacia e fez parte de conselhos de administração de grandes empresas, entre eles o da Walt Disney, que presidiu de março de 2004 até o final de dezembro de 2006.

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Washington- George Mitchell, emissário americano para o Oriente Médio que renunciou nesta sexta-feira depois de ter tentado em vão durante dois anos retomar as negociações entre Israel e o povo palestino, foi uma personalidade importante no processo de paz na Irlanda do Norte.

O presidente americano Barack Obama oficializou nesta sexta-feira a renúncia de Mitchell, prestando uma homenagem a este "incansável" emissário e a sua "contribuição inestimável" para o processo de paz do Oriente Médio.

Mitchell, de 77 anos, tinha sido designado para seu posto em janeiro de 2009, quando Obama assumiu o poder, o que mostrou a importância que o novo governo dos Estados Unidos pretendia dar ao Oriente Médio.

Durante dois anos, este ex-senador passou muito de seu tempo viajando de avião, tentando -em vão- convencer ambas as partes do conflito palestino-israelense a relançar um diálogo direto.

A última tentativa, iniciada em Washington em setembro de 2010, fracassou menos de um mês depois, quando Israel se negou a prolongar a moratória sobre a colonização judaica na Cisjordânia.

George Mitchell obteve, no entanto, façanhas no processo de paz do conflito na Irlanda do Norte, que gerou o acordo histórico da Sexta-feira Santa, em 1998.

Nessa época, Mitchell era considerado um dos poucos protagonistas do processo de paz na Irlanda do Norte que contava com a confiança de todas as partes envolvidas.

Este católico maronita de mãe libanesa era desde 1994 o conselheiro especial de assuntos econômicos da Irlanda do Norte do presidente Bill Clinton.

Em seu livro sobre essa experiência, "Making Peace", relatou a forma como os costumes políticos locais haviam colocado à prova seu talento de negociador durante os diálogos de paz.

Em 2000, Mitchell presidiu a comissão internacional para o Oriente Médio, que levou seu nome, com o objetivo de encontrar meios para deter a violência entre palestinos e israelenses.

Em seu relatório de 2001, pediu que ambas as partes tomassem medidas imediatas para cessar ipso facto e sem condições os atos violentos, mas desde então, suas propostas não tiveram efeito.

Mais novo de uma família católica humilde de cinco filhos, George Mitchell nasceu no 20 de agosto de 1933 em Waterville (Maine, nordeste), de pai irlandês e mãe libanesa.

Depois de ter financiado seus estudos de Direito graças a empregos de meia jornada nos quais trabalhou como caminhoneiro e vigia noturno, iniciou a sua carreira como advogado, promotor e juiz.

Mais tarde entrou para o Senado americano, onde atuou de 1980 a 1995. Liderou a maioria democrata no Senado de 1988 a 1994, sob o governo de George Bush pai e de Bill Clinton.

Em 1999 presidiu uma comissão de investigação sobre o escândalo da escolha de Salt Lake City para sede das Olimpíadas de Inverno de 2002.

Depois de ter deixado a vida política, associou-se a um escritório de advocacia e fez parte de conselhos de administração de grandes empresas, entre eles o da Walt Disney, que presidiu de março de 2004 até o final de dezembro de 2006.

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