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G4 se reúne para falar do futuro do Afeganistão

O atentado talibã que deixou 64 mortos e 347 feridos em Cabul piorou as relações com o Paquistão e provocou uma postura mais dura do governo contra insurgentes

Afeganistão: o atentado talibã que deixou 64 mortos e 347 feridos em Cabul piorou as relações com o Paquistão e provocou uma postura mais dura do governo contra insurgentes (Ahmad Masood / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 11h03.

Islamabad - O G4, formado pelos Estados Unidos , China , Paquistão e Afeganistão para buscar soluções ao conflito afegão, iniciou nesta quarta-feira sua quinta reunião em Islamabad no meio de um grande sigilo e a portas fechadas ao contrário dos encontros prévios.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores paquistanês, Qadir Yar Tiwana, confirmou à Agência Efe o início da reunião do quarteto ao meio-dia local com o embaixador afegão no Paquistão, Omar Zakhilwal, como único representante de seu país, ao contrário de ocasiões anteriores.

O resto dos países contam com a representação habitual: o representante especial dos EUA para o Afeganistão e Paquistão, Richard Olson; o embaixador americano no Paquistão, David Hale; o enviado especial da China para o Afeganistão, Deng Xijun, e o secretário das Relações Exteriores paquistanês Aizaz Ahmad Chaudhry.

Fontes oficiais afegãs e paquistaneses consultadas pela Agência Efe não ofereceram detalhes dos temas a tratar no encontro, que pela primeira vez se desenvolve sem a presença da imprensa.

Esta quinta reunião do quarteto, formado no final de 2015, se produz em um momento no qual Cabul pediu ao resto de países que declarem os talibãs "irreconciliáveis", após rejeitar se sentar à mesa de negociação e ao início de sua campanha militar de primavera.

O embaixador Zakhilwal disse nos últimos dias a veículos de imprensa paquistaneses que seu país quer que sejam tomadas novas medidas contra os talibãs, dado que a via do diálogo já não é possível.

A isso se soma a piora das relações entre Afeganistão e Paquistão, pelo suposto apoio paquistanês a grupos filiados com os talibãs afegãos.

O atentado talibã que deixou 64 mortos e 347 feridos em Cabul em abril piorou as relações com o Paquistão e provocou uma postura mais dura do governo afegão contra os insurgentes, a quem tinha definido como "oposição política" poucos meses antes.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, pediu então ao Paquistão que tomasse ações militares contra os talibãs afegãos que se refugiam em seu território e ameaçou levar o caso perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O G4 manifestou seu respaldo a um diálogo incondicional prévio com os talibãs, mas os insurgentes fecharam as portas à oferta de diálogo nos últimos meses.

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Islamabad - O G4, formado pelos Estados Unidos , China , Paquistão e Afeganistão para buscar soluções ao conflito afegão, iniciou nesta quarta-feira sua quinta reunião em Islamabad no meio de um grande sigilo e a portas fechadas ao contrário dos encontros prévios.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores paquistanês, Qadir Yar Tiwana, confirmou à Agência Efe o início da reunião do quarteto ao meio-dia local com o embaixador afegão no Paquistão, Omar Zakhilwal, como único representante de seu país, ao contrário de ocasiões anteriores.

O resto dos países contam com a representação habitual: o representante especial dos EUA para o Afeganistão e Paquistão, Richard Olson; o embaixador americano no Paquistão, David Hale; o enviado especial da China para o Afeganistão, Deng Xijun, e o secretário das Relações Exteriores paquistanês Aizaz Ahmad Chaudhry.

Fontes oficiais afegãs e paquistaneses consultadas pela Agência Efe não ofereceram detalhes dos temas a tratar no encontro, que pela primeira vez se desenvolve sem a presença da imprensa.

Esta quinta reunião do quarteto, formado no final de 2015, se produz em um momento no qual Cabul pediu ao resto de países que declarem os talibãs "irreconciliáveis", após rejeitar se sentar à mesa de negociação e ao início de sua campanha militar de primavera.

O embaixador Zakhilwal disse nos últimos dias a veículos de imprensa paquistaneses que seu país quer que sejam tomadas novas medidas contra os talibãs, dado que a via do diálogo já não é possível.

A isso se soma a piora das relações entre Afeganistão e Paquistão, pelo suposto apoio paquistanês a grupos filiados com os talibãs afegãos.

O atentado talibã que deixou 64 mortos e 347 feridos em Cabul em abril piorou as relações com o Paquistão e provocou uma postura mais dura do governo afegão contra os insurgentes, a quem tinha definido como "oposição política" poucos meses antes.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, pediu então ao Paquistão que tomasse ações militares contra os talibãs afegãos que se refugiam em seu território e ameaçou levar o caso perante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O G4 manifestou seu respaldo a um diálogo incondicional prévio com os talibãs, mas os insurgentes fecharam as portas à oferta de diálogo nos últimos meses.

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