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G-8 tenta resolver impasses sobre aquecimento global

Apesar da série de atentados contra o metrô de Londres, líderes das nações mais ricas do mundo decidem manter os trabalhos na Escócia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Após um jantar de boas-vindas oferecido pela rainha Elizabeth II da Inglaterra, ontem à noite, a reunião do G-8, grupo composto pelas sete nações mais desenvolvidas do mundo e pela Rússia, começou oficialmente nesta quinta-feira (7/7), com uma tarefa nada fácil: chegar a um consenso sobre o aquecimento global causado pela emissão de poluentes.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou que não é possível resolver o impasse entre os Estados Unidos e os demais países em torno do Protocolo de Kyoto. Blair espera, contudo, que um novo consenso seja construído para conter o aquecimento global.

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Desde que sua elaboração, em 1997, o governo americano vem se recusando a aderir ao protocolo. Nos últimos meses, o presidente George W. Bush tem dito que o documento traria conseqüências desastrosas para a economia de seu país. Além disso, Bush espera que a redução da emissão de poluentes seja estendida ao países emergentes, como a China e a Índia (se você é assinante, leia reportagem de EXAME sobre a situação ambiental chinesa).

África e emergentes

Durante o encontro, que ocorre na cidade escocesa de Gleneagles, Blair também espera obter apoio dos demais governos para o combate à pobreza na África. Entre as propostas para desenvolver o continente, o primeiro-ministro britânico enumera os acordos de livre comércio, perdão de dívidas e o aumento da ajuda internacional.

Bush também mostrou-se otimista sobre um possível acordo para ajudar os africanos. O presidente americano declarou-se orgulhoso da ajuda que seu país vem prestando ao continente. Segundo The Wall Street Journal, Bush pretende dobrar para 8,6 bilhões de dólares, até 2010, o volume de recursos destinados à África.

Representantes de cinco países emergentes foram convidados a participar do encontro: China, Índia, África do Sul, México e Brasil. Com isso, o G-8 espera aprofundar os entendimentos acerca do combate à pobreza e ao aquecimento global. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa hoje de um almoço com os líderes dos demais países, destacará a necessidade de uma repartição mais justa dos benefícios da globalização. Lula também enfatizará a importância das relações multilaterais, como os acordos Sul-Sul e Norte-Sul.

Atentados

O início dos trabalhos do G-8 foi marcado por uma série de atentados terroristas contra estações de metrô em Londres. Um ônibus também foi atingido. Segundo The Wall Street Journal, pelo menos duas pessoas morreram nos ataques e há mais de 300 feridos, dos quais 150 considerados graves.

Blair classificou os ataques de "bárbaros", mas afirmou que os trabalhos do G-8 serão mantidos. "Não permitiremos que a violência transforme nossos valores ou sociedades, nem vamos permitir que o encontro seja paralisado. Continuaremos as negociações em busca de um mundo melhor", declarou, ao lado dos demais líderes da cúpula.

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