Funcionários russos teriam comemorado vitória de Trump
Segundo informações obtidas pelo The Washington Post, representantes do governo russo teriam considerado o resultado das eleições "estratégico"
Agência Brasil
Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 09h24.
Última atualização em 6 de janeiro de 2017 às 09h24.
Altos funcionários do governo russo comemoraram a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton, nas últimas eleições, de acordo com um relatório das autoridades de inteligência norte-americanas, divulgado com exclusividade hoje (6) pelo jornal The Washington Post.
O relatório de 50 páginas foi obtido por meio de interceptações telefônicas dos Estados Unidos sobre os funcionários russos e mostra que a vitória de Trump foi tratada como uma vitória para a Rússia.
Segundo as informações obtidas pelo jornal, nas gravações os representantes do governo russo teriam reagido com entusiasmo e considerado o resultado das eleições norte-americanas "estratégico" para a geopolítica da Rússia.
As agências de inteligência dos Estados Unidos acreditam que os funcionários interceptados tinham conhecimento da campanha cibernética russa para interferir nas eleições norte-americanas.
As conversações na avaliação norte-americana comprova que Moscou foi orientada a ajudar Trump na disputa.
O relatório também identifica hackers envolvidos na entrega de e-mails democratas que teriam sido divulgados pelo site WikeLeaks bem como uma intensa atuação da inteligência russa para explorar informações sobre a campanha, algumas confidenciais da equipe democrata.
O The Washington Post adiantou que além de concluir que houve interferência da inteligência russa nas eleições norte-americanas de 2016, o texto mostra outras operações cibernéticas daquele país que atuaram em processos eleitorais dos Estados Unidos nos últimos nove anos.
O relatório foi entregue ao presidente Obama nessa quinta-feira (5) e também vai ser apresentado segundo jornal, ao presidente eleito Donald Trump hoje.
Obama já havia acusado o governo russo de ter participado de uma campanha cibernética com o uso de hackers para interferir nas eleições norte-americanas.
Na semana passada, o governo norte-americano impôs sanções contra dirigentes do governo e da inteligência russa, e expulsou 35 diplomatas da Rússia, dos Estados Unidos.