França também faz escutas de telecomunicações, diz imprensa
A revelação ocorre depois da revelação de que a NSA espiou os três últimos presidentes franceses desde 2006 e pelo menos até 2012
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2015 às 09h34.
Paris - A França espiona as telecomunicações que transitam pelos cabos submarinos, uma prática iniciada em 2008 pelo então presidente conservador Nicolas Sarkozy, e que continuou a partir de 2012 com seu sucessor, o socialista François Hollande, segundo publicou nesta quarta-feira a revista "Le Nouvel Observateur".
A revelação ocorre uma semana depois que foi revelado, graças ao Wikileaks, que a Agência de Segurança Nacional Americana (NSA) espiou os três últimos presidentes franceses desde 2006 e pelo menos até 2012.
Segundo "Le Nouvel Observateur", que cita vários responsáveis de inteligência atuais e passados de forma anônima, a espionagem francesa ocorre a cargo da Direção Geral de Segurança Exterior (DGSE), que têm instaladas estações clandestinas francesas para "escutar" os dados que transitam pelos cabos submarinos.
Essas práticas começaram em 2008 com Sarkozy no Palácio do Eliseu, e continuaram com a chegada em 2012 de Hollande, que legalizou discretamente essas práticas através da nova e controversa lei de espionagem francesa, aprovada no último dia 24.
O orçamento para esse sistema entre 2008 e 2013 alcançou os 700 milhões de euros e parte desse dinheiro serviu para instalar estações de intercepção de dados em Marselha (sul), Bretanha (oeste) ou Normandia (noroeste).
Sempre segundo o "Le Nouvel Observateur", a espionagem francesa se serviu de empresas francesas como o teleoperador Orange e do grupo tecnológico Alcatel, que fabrica alguns desses cabos.
Além disso, Paris assinou em 2010 um acordo secreto de cooperação com o serviço de espionagem britânico GCHQ.
"Tudo isso explica a surpreendente moderação (de Sarkozy e Hollande) após a revelação de que foram espionados pela NSA", acrescenta a revista.
Paris - A França espiona as telecomunicações que transitam pelos cabos submarinos, uma prática iniciada em 2008 pelo então presidente conservador Nicolas Sarkozy, e que continuou a partir de 2012 com seu sucessor, o socialista François Hollande, segundo publicou nesta quarta-feira a revista "Le Nouvel Observateur".
A revelação ocorre uma semana depois que foi revelado, graças ao Wikileaks, que a Agência de Segurança Nacional Americana (NSA) espiou os três últimos presidentes franceses desde 2006 e pelo menos até 2012.
Segundo "Le Nouvel Observateur", que cita vários responsáveis de inteligência atuais e passados de forma anônima, a espionagem francesa ocorre a cargo da Direção Geral de Segurança Exterior (DGSE), que têm instaladas estações clandestinas francesas para "escutar" os dados que transitam pelos cabos submarinos.
Essas práticas começaram em 2008 com Sarkozy no Palácio do Eliseu, e continuaram com a chegada em 2012 de Hollande, que legalizou discretamente essas práticas através da nova e controversa lei de espionagem francesa, aprovada no último dia 24.
O orçamento para esse sistema entre 2008 e 2013 alcançou os 700 milhões de euros e parte desse dinheiro serviu para instalar estações de intercepção de dados em Marselha (sul), Bretanha (oeste) ou Normandia (noroeste).
Sempre segundo o "Le Nouvel Observateur", a espionagem francesa se serviu de empresas francesas como o teleoperador Orange e do grupo tecnológico Alcatel, que fabrica alguns desses cabos.
Além disso, Paris assinou em 2010 um acordo secreto de cooperação com o serviço de espionagem britânico GCHQ.
"Tudo isso explica a surpreendente moderação (de Sarkozy e Hollande) após a revelação de que foram espionados pela NSA", acrescenta a revista.