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França acusa Síria de violar completamente trégua da ONU

Segundo a França, a resolução está sendo ignorada totalmente e, desde a sua aprovação, mais de 200 civis morreram pelos combates em Ghouta

Síria: "O regime sírio, enquanto falamos, segue assediando e bombardeando seus próprios cidadãos em Ghouta Oriental", disse embaixador francês nas Nações Unidas, François Delattre (Bassam Khabieh/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de março de 2018 às 14h23.

Nações Unidas - A França denunciou nesta quarta-feira que o governo da Síria continua sua ofensiva contra a região de Ghouta Oriental, que é controlada pela oposição, em "completa violação" da resolução do Conselho de Segurança da ONU para uma trégua humanitária no país.

"O regime sírio, enquanto falamos, segue assediando e bombardeando seus próprios cidadãos em Ghouta Oriental", disse aos jornalistas o embaixador francês nas Nações Unidas, François Delattre, em sua chegada para uma reunião extraordinária do Conselho.

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O encontro, solicitado por França e Reino Unido, analisará a situação no terreno na Síria 11 dias depois que o principal órgão de decisão da ONU aprovou uma resolução exigindo um cessar-fogo de um mês.

Segundo a França, a resolução está sendo ignorada totalmente e, desde a sua aprovação, mais de 200 civis morreram pelos combates em Ghouta Oriental.

Delattre, além disso, acusou o governo de Damasco de se opor "com cinismo absoluto" ao fornecimento de ajuda humanitária, depois dos impedimentos feitos para a entrada de comboios durante os últimos dias.

O diplomata francês assegurou que "não se pode baixar a guarda" e insistiu que é preciso pressionar os países com influência sobre a Síria, como a Rússia, para fazer com que respeite a resolução.

A Suécia, que junto com o Kuwait redigiu a resolução para a trégua, se declarou hoje "muito decepcionada" pela falta de implementação da mesma e preocupada com a continuidade dos "ataques indiscriminados" sobre Ghouta Oriental.

"Aqueles com influência devem aumentar a pressão", disse aos jornalistas o embaixador sueco, Olof Skoog.

A Suécia quer que a Síria, pelo menos, dê autorizações para a entrada de um novo comboio humanitário em Ghouta Oriental.

No início da semana, um primeiro comboio entrou no reduto opositor assediado pelo regime, mas não obteve permissão para descarregar toda a ajuda que transportava por falta de segurança.

Tanto a França como a Suécia se mostraram confiantes de que sairá hoje da reunião do Conselho, realizada a portas fechadas, uma mensagem clara sobre a necessidade de respeitar a trégua.

Fontes diplomáticas, no entanto, asseguraram que, por enquanto, não foi distribuída nenhuma minuta de declaração.

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