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Forças do Iraque tomam ponte de Mosul e milhares de civis fogem

Segundo relatos, unidades do Exército e da polícia auxiliadas pelos Estados Unidos avançaram por bairros povoados do oeste da cidade

Mosul: uma derrota do Estado Islâmico na cidade acabaria com a porção iraquiana do califado (Alaa Al-Marjani/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de fevereiro de 2017 às 11h39.

Mosul - Forças do Iraque tomaram nesta segunda-feira uma ponte danificada de Mosul que pode ligar suas unidades dos dois lados do rio Tigre, enquanto milhares de civis fugiam dos combates pelo último bastião do Estado Islâmico no oeste da cidade.

Unidades do Exército e da polícia auxiliadas pelos Estados Unidos avançaram por bairros povoados do oeste, envolvendo-se em batalhas de rua difíceis, e anunciaram ter tomado a ponte situada no extremo sul de Mosul.

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Uma vez consertada, a ponte pode ajudar no envio de reforços e suprimentos do lado leste da cidade, aumentando a pressão sobre os militantes entrincheirados do lado ocidental com 750 mil civis.

As forças iraquianas tomaram o leste de Mosul em janeiro, depois de 100 dias de combate, e lançaram seu ataque sobre os bairros localizados a oeste do Tigre uma semana atrás.

Uma derrota do Estado Islâmico em Mosul aniquilaria a porção iraquiana do califado que o líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou em 2014 em partes do Iraque e da vizinha Síria. O comandante norte-americano no Iraque disse acreditar que as forças apoiadas pelos Estados Unidos irão reconquistar tanto Mosul quanto Raqqa --o bastião do Estado Islâmico na Síria-- dentro de seis meses.

Desde que forças do governo irromperam nos limites do sul da cidade na quinta-feira, mais de 10 mil civis fugiram de áreas controladas pelo Estado Islâmico em busca de assistência médica, alimento e água, disseram comandantes iraquianos.

Cerca de mil civis chegaram nas primeiras horas desta segunda-feira ao setor controlado pelo Serviço de Contraterrorismo do Iraque. Os feridos foram levados à clínica da unidade de elite, e os homens passaram por verificação para que se tivesse certeza de não pertencerem ao Estado Islâmico.

Aqueles que conseguiram escapar tiveram que atravessar o deserto a pé durante ao menos uma hora para alcançar as forças governamentais.

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