Força Armada reafirma lealdade a Maduro antes de marcha opositora
A lealdade foi reafirmada pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, em um comício perto do Palácio de Miraflores
AFP
Publicado em 17 de abril de 2017 às 14h35.
Última atualização em 17 de abril de 2017 às 14h45.
A Força Armada da Venezuela reafirmou nesta segunda-feira sua lealdade ao presidente Nicolás Maduro, a dois dias da grande marcha convocada pela oposição para exigir a antecipação das eleições.
"A Força Armada Nacional Bolivariana preserva sua unidade monolítica, granítica, e ratifica sua lealdade incondicional ao senhor presidente", enfatizou o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, em um comício perto do Palácio de Miraflores, ante milhares de milicianos civis.
O general Padrino López definiu Maduro como "um presidente autenticamente chavista, que a Força Armada admira profundamente".
O presidente agradeceu à mensagem de forma imediata: "Amor com amor se paga. Lealdade com lealdade se paga!", proclamou.
O ato, que prestava homenagem à milícia civil, é celebrado às vésperas da mobilização convocada para Caracas e as principais cidades do país pelos adversários de Maduro.
Padrino López acusou os dirigentes da oposição de executar, com apoio de grupo da extrema-direita, uma "agenda criminosa e carregada de ódio, que inclui atos terroristas, distúrbios, saques, vandalismo e distintas formas de violência".
Padrino López também negou as acusações da oposição quanto à violência da repressão dos movimentos de rua. "Não se pode chamar de repressão a ação do Estado orientada à restituição da ordem pública com perfeito apego ao consagrado pela Carta Magna e instrumentos jurídicos nacionais e internacionais que regem os direitos humanos", afirmou.
Desde 1º de abril se sucederam manifestações contra Maduro, que deixaram cinco mortos e centenas de feridos e detidos em meio aos confrontos com as autoridades.
Os protestos eclodiram após sentenças com as quais o Supremo Tribunal de Justiça assumiu as funções do Parlamento, de ampla maioria opositora, e retirou a imunidade dos deputados.
Em meio a uma forte rejeição internacional, as decisões foram parcialmente anuladas.