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Fome causada por El Ninõ afeta 32 milhões na África Oriental

O El Niño, fenômeno climático global que afeta periodicamente o planeta, deverá durar pelo menos até o início de 2016

Secas e chuvas: "Devido ao El Niño, a previsão é de que a insegurança alimentar piore nos próximos meses, especialmente na Etiópia" (Siswowidodo / Antara Foto / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 08h58.

Os conflitos, as chuvas e as secas em consequência dos efeitos do El Niño fizeram aumentar "dramaticamente" o número de pessoas com fome na África Oriental (32,1 milhões), afetando sobretudo a Etiópia, informa hoje (12) relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Devido ao El Niño, a previsão é de que a insegurança alimentar piore nos próximos meses, especialmente na Etiópia", atingida por uma seca severa, diz o documento, do Gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (Ocha).

O El Niño, fenômeno climático global que afeta periodicamente o planeta, deverá durar pelo menos até o início de 2016.

"No início de 2016, é esperado que o número de pessoas afetadas pela insegurança alimentar e necessitadas de assistência humanitária suba para 32,1 milhões", revela o relatório, acrescentando que mais 2 milhões podem ser vítimas de cheias e inundações.

Desde maio deste ano, acrescenta o documento do Ocha, o total de pessoas afetadas subiu de 18,5 milhões para 25,3 milhões, temendo-se que, em janeiro de 2016, possa chegar a 32,1 milhões.

Enquanto países como o Sudão, a Eritreia, Etiópia e o Djibuti podem ser alvo de seca "extrema", outros, como o Quênia, a Somália e Uganda, correm "sérios riscos" de cheias e inundações.

O relatório mostra que mais de 90 mil pessoas do Sul da Somália já foram afetadas por semanas de chuvas torrenciais, obrigando mais da metade a abandonar a área em que vivem.

Na vizinha Etiópia, o El Niño não permitiu a ocorrência das chuvas de verão necessárias para aumentar as colheitas de cereais, deixando 8,2 milhões de pessoas dependentes de ajuda alimentar, o dobro das que precisavam seis meses antes.

A ONU receia que esses números possam subir significativamente.

O El Niño é desencadeado pelo aquecimento da temperatura da água no Oceano Pacífico e pode provocar, ao mesmo tempo, chuvas torrenciais em uma parte do planeta e secas severas em outras.

Na Etiópia, de acordo com o relatório, que cita dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 350 mil crianças estão em risco e muitas poderão morrer de fome, doença ou pela falta de água potável se não receberem assistência ainda neste ano para a má nutrição severa.

"O El Niño pode levar a um aumento significativo de doenças, como a malária, dengue, diarreia e cólera, as principais causas de morte entre as crianças" na Etiópia e em outros países africanos, alertou o Unicef.

Por outro lado, a guerra civil no Golfo de Aden e no Iêmen, que tem gerado uma crise de refugiados para a Somália e o Djibuti, o conflito no Sudão do Sul e a violência no Burundi têm ajudado a agravar ainda mais a situação, aumentando o número de refugiados.

A ONU lembra ainda a situação no Sudão do Sul, em que a guerra civil, que dura dois anos, já deixou 40 mil pessoas em situação de fome extrema, com dezenas sob o risco de chegar à mesma situação.

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Os conflitos, as chuvas e as secas em consequência dos efeitos do El Niño fizeram aumentar "dramaticamente" o número de pessoas com fome na África Oriental (32,1 milhões), afetando sobretudo a Etiópia, informa hoje (12) relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Devido ao El Niño, a previsão é de que a insegurança alimentar piore nos próximos meses, especialmente na Etiópia", atingida por uma seca severa, diz o documento, do Gabinete da ONU para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (Ocha).

O El Niño, fenômeno climático global que afeta periodicamente o planeta, deverá durar pelo menos até o início de 2016.

"No início de 2016, é esperado que o número de pessoas afetadas pela insegurança alimentar e necessitadas de assistência humanitária suba para 32,1 milhões", revela o relatório, acrescentando que mais 2 milhões podem ser vítimas de cheias e inundações.

Desde maio deste ano, acrescenta o documento do Ocha, o total de pessoas afetadas subiu de 18,5 milhões para 25,3 milhões, temendo-se que, em janeiro de 2016, possa chegar a 32,1 milhões.

Enquanto países como o Sudão, a Eritreia, Etiópia e o Djibuti podem ser alvo de seca "extrema", outros, como o Quênia, a Somália e Uganda, correm "sérios riscos" de cheias e inundações.

O relatório mostra que mais de 90 mil pessoas do Sul da Somália já foram afetadas por semanas de chuvas torrenciais, obrigando mais da metade a abandonar a área em que vivem.

Na vizinha Etiópia, o El Niño não permitiu a ocorrência das chuvas de verão necessárias para aumentar as colheitas de cereais, deixando 8,2 milhões de pessoas dependentes de ajuda alimentar, o dobro das que precisavam seis meses antes.

A ONU receia que esses números possam subir significativamente.

O El Niño é desencadeado pelo aquecimento da temperatura da água no Oceano Pacífico e pode provocar, ao mesmo tempo, chuvas torrenciais em uma parte do planeta e secas severas em outras.

Na Etiópia, de acordo com o relatório, que cita dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 350 mil crianças estão em risco e muitas poderão morrer de fome, doença ou pela falta de água potável se não receberem assistência ainda neste ano para a má nutrição severa.

"O El Niño pode levar a um aumento significativo de doenças, como a malária, dengue, diarreia e cólera, as principais causas de morte entre as crianças" na Etiópia e em outros países africanos, alertou o Unicef.

Por outro lado, a guerra civil no Golfo de Aden e no Iêmen, que tem gerado uma crise de refugiados para a Somália e o Djibuti, o conflito no Sudão do Sul e a violência no Burundi têm ajudado a agravar ainda mais a situação, aumentando o número de refugiados.

A ONU lembra ainda a situação no Sudão do Sul, em que a guerra civil, que dura dois anos, já deixou 40 mil pessoas em situação de fome extrema, com dezenas sob o risco de chegar à mesma situação.

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