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Farc se tornarão movimento político após fim do conflito

As Farc pediram "reformas" nas forças militares, na polícia e nos serviços de inteligência da Colômbia, como parte dos compromissos

Soldados das Farc: o caminho para a participação política dos guerrilheiros desmobilizados das Farc foi iniciado em novembro de 2013 (Pedro Ugarte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 14h50.

Havana - As Farc manifestaram neste sábado a decisão de se tornarem um movimento político e pediram "reformas" nas forças militares, na polícia e nos serviços de inteligência da Colômbia , como parte dos compromissos para não repetir o conflito que deverão ser assumidos caso seja firmado um acordo de paz.

"As Farc se comprometerão a contribuir para a não repetição (do conflito) com a finalização do confronto armado e sua decisão de se tornar um movimento político que impulsione as transformações estruturais", afirmou um comunicado da equipe de paz insurgente, divulgado à imprensa em Havana pelo guerrilheiro "Jesús Santrich".

O caminho para a participação política dos guerrilheiros desmobilizados das Farc foi iniciado em novembro de 2013, quando os diálogos entre o governo colombiano e a guerrilha chegaram a um acordo parcial sobre o tema da participação política.

As partes concordaram em criar condições especiais durante uma fase de transição para o caso de novos movimentos que se tornem partidos políticos, o que poderia ser o caso das Farc.

O documento divulgado neste sábado por "Santrich", conhecido como Seuxis Paucias Hernández, inclui uma série de propostas à mesa de conversas sobre "garantias reais e materiais de não repetição", entre as quais as Farc insistiram na "desmilitarização" da sociedade colombiana.

Entre as medidas enumeradas, estariam a redução das despesas de defesa e do tamanho das forças militares, a "purificação" do Estado, do setor militar e dos organismos de inteligência "comprometidos com processos de vitimização", e a abertura pública dos arquivos do Exército, da polícia e da inteligência.

As Farc também propuseram a criação de uma "comissão de esclarecimento do paramilitarismo" que permita ao governo e à guerrilha trabalharem em conjunto com agenda e cronograma para desmontar as forças paramilitares.

Também é pedido que sejam suspensos os projetos em curso no Congresso que se contraponham aos acordos parciais já conseguidos pelo processo de paz em matéria de terras e desenvolvimento rural, participação política, e drogas e cultivos ilícitos.

Atualmente, as delegações do governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociam o tema das vítimas e antecipam o debate sobre o complexo ponto do fim do conflito. O processo de paz colombiano começou em novembro de 2012 em Havana, onde são sediadas as conversas. EFE

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Havana - As Farc manifestaram neste sábado a decisão de se tornarem um movimento político e pediram "reformas" nas forças militares, na polícia e nos serviços de inteligência da Colômbia , como parte dos compromissos para não repetir o conflito que deverão ser assumidos caso seja firmado um acordo de paz.

"As Farc se comprometerão a contribuir para a não repetição (do conflito) com a finalização do confronto armado e sua decisão de se tornar um movimento político que impulsione as transformações estruturais", afirmou um comunicado da equipe de paz insurgente, divulgado à imprensa em Havana pelo guerrilheiro "Jesús Santrich".

O caminho para a participação política dos guerrilheiros desmobilizados das Farc foi iniciado em novembro de 2013, quando os diálogos entre o governo colombiano e a guerrilha chegaram a um acordo parcial sobre o tema da participação política.

As partes concordaram em criar condições especiais durante uma fase de transição para o caso de novos movimentos que se tornem partidos políticos, o que poderia ser o caso das Farc.

O documento divulgado neste sábado por "Santrich", conhecido como Seuxis Paucias Hernández, inclui uma série de propostas à mesa de conversas sobre "garantias reais e materiais de não repetição", entre as quais as Farc insistiram na "desmilitarização" da sociedade colombiana.

Entre as medidas enumeradas, estariam a redução das despesas de defesa e do tamanho das forças militares, a "purificação" do Estado, do setor militar e dos organismos de inteligência "comprometidos com processos de vitimização", e a abertura pública dos arquivos do Exército, da polícia e da inteligência.

As Farc também propuseram a criação de uma "comissão de esclarecimento do paramilitarismo" que permita ao governo e à guerrilha trabalharem em conjunto com agenda e cronograma para desmontar as forças paramilitares.

Também é pedido que sejam suspensos os projetos em curso no Congresso que se contraponham aos acordos parciais já conseguidos pelo processo de paz em matéria de terras e desenvolvimento rural, participação política, e drogas e cultivos ilícitos.

Atualmente, as delegações do governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociam o tema das vítimas e antecipam o debate sobre o complexo ponto do fim do conflito. O processo de paz colombiano começou em novembro de 2012 em Havana, onde são sediadas as conversas. EFE

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