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Falhas da ONU atrapalham ajuda na Síria, dizem ONGs

ONGs internacionais dizem que falta de coordenação da ONU faz com que a assistência não esteja chegando a alguns civis em áreas prioritárias

Família de refugiados sírios: guerra síria já matou 150 mil pessoas e representa um desafio enorme para as entidades de ajuda (Bulent Kilic/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 14h48.

Beirute - Entidades de ajuda humanitária que trabalham na Síria dizem estar frustradas pela maneira como a Organização das Nações Unidas está lidando com a maior crise humanitária do mundo, acusando a ONU de excluí-las e de reter informações vitais para ajudar milhões de necessitados.

Numa carta obtida pela Reuters que foi enviada a vários membros do Conselho de Segurança da ONU por ONGs internacionais que trabalham na Síria, o grupo diz que a falta de coordenação da ONU faz com que a assistência não esteja chegando a alguns civis em áreas prioritárias.

Em outras regiões do país, a ONU não informa aos grupos de assistência quando leva ajuda, o que causa uma "duplicação em potencial" de entregas, diz o documento.

A guerra síria já matou 150 mil pessoas e representa um desafio enorme para as entidades de ajuda. Nove milhões de pessoas dentro do país precisam de ajuda e proteção, a indústria e a agricultura estão em crise e 2,5 milhões de pessoas fugiram para o exterior.

A escassez de fundos, combinada com as restrições impostas por Damasco e pelos combates, tem dificultado os esforços de ajuda humanitária.

Mas as ONGs sugeriram que as limitações nas operações de ajuda estão agravando a situação, e pedem que a ONU demonstre mais liderança e melhore a coordenação.

Quando indagadas, autoridades de ONU em Nova York, Genebra e Damasco não comentaram o relatório das ONGs, mas a coordenadora de alívio emergencial da ONU, Valerie Amos, reafirmou que o governo sírio e os rebeldes não fizeram o suficiente para permitir a chegada de ajuda às áreas sitiadas.

As forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, e em menor grau os rebeldes que lutam para depô-lo, vêm sendo acusadas de impedir que alimentos e remédios cheguem a 250 mil pessoas nas regiões conflagradas, na tentativa de fazer com que a fome leve à rendição dos oponentes.

Além disso, com frequência as autoridades sírias ditam como é distribuída a ajuda das agências de ONU, que são legalmente obrigadas a trabalhar com as autoridades do país, o que resulta em mais abastecimento para áreas controladas pelo governo, disseram funcionários das agências.

Buscando expandir o alcance dos esforços humanitários, o Conselho de Segurança da ONU concordou em fevereiro que todos os lados devem permitir maior acesso aos grupos de ajuda. Mas na semana passada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que nenhuma das parte envolvidas no conflito sírio está cumprindo a exigência.

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Beirute - Entidades de ajuda humanitária que trabalham na Síria dizem estar frustradas pela maneira como a Organização das Nações Unidas está lidando com a maior crise humanitária do mundo, acusando a ONU de excluí-las e de reter informações vitais para ajudar milhões de necessitados.

Numa carta obtida pela Reuters que foi enviada a vários membros do Conselho de Segurança da ONU por ONGs internacionais que trabalham na Síria, o grupo diz que a falta de coordenação da ONU faz com que a assistência não esteja chegando a alguns civis em áreas prioritárias.

Em outras regiões do país, a ONU não informa aos grupos de assistência quando leva ajuda, o que causa uma "duplicação em potencial" de entregas, diz o documento.

A guerra síria já matou 150 mil pessoas e representa um desafio enorme para as entidades de ajuda. Nove milhões de pessoas dentro do país precisam de ajuda e proteção, a indústria e a agricultura estão em crise e 2,5 milhões de pessoas fugiram para o exterior.

A escassez de fundos, combinada com as restrições impostas por Damasco e pelos combates, tem dificultado os esforços de ajuda humanitária.

Mas as ONGs sugeriram que as limitações nas operações de ajuda estão agravando a situação, e pedem que a ONU demonstre mais liderança e melhore a coordenação.

Quando indagadas, autoridades de ONU em Nova York, Genebra e Damasco não comentaram o relatório das ONGs, mas a coordenadora de alívio emergencial da ONU, Valerie Amos, reafirmou que o governo sírio e os rebeldes não fizeram o suficiente para permitir a chegada de ajuda às áreas sitiadas.

As forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, e em menor grau os rebeldes que lutam para depô-lo, vêm sendo acusadas de impedir que alimentos e remédios cheguem a 250 mil pessoas nas regiões conflagradas, na tentativa de fazer com que a fome leve à rendição dos oponentes.

Além disso, com frequência as autoridades sírias ditam como é distribuída a ajuda das agências de ONU, que são legalmente obrigadas a trabalhar com as autoridades do país, o que resulta em mais abastecimento para áreas controladas pelo governo, disseram funcionários das agências.

Buscando expandir o alcance dos esforços humanitários, o Conselho de Segurança da ONU concordou em fevereiro que todos os lados devem permitir maior acesso aos grupos de ajuda. Mas na semana passada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que nenhuma das parte envolvidas no conflito sírio está cumprindo a exigência.

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