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Exxon e Conoco devem rejeitar projeto de nacionalização venezulano

Companhias podem deixar o país por causa dos termos impostos por Chávez

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Exxon Mobil e ConocoPhillips devem rejeitar um acordo que as manteria em projetos bilionários de exploração da reserva petrolífera de Orinoco, na Venezuela, e com isso poderão deixar de vez o país. As duas companhias teriam optado por refutar os termos de participação no programa de nacionalização definido pelo presidente Hugo Chávez.

Chávez decretou esta terça-feira (26/6) como prazo final para que as grandes companhias aceitem os termos do governo para assumir uma grande participação em quatro projetos de exploração de petróleo, estimados em mais de 30 bilhões de dólares. A reserva do Orinoco permite a produção de 600 mil barris por dia.

Quatro companhias - Chevron, Statoil, BP e Total - planejam assinar um acordo que as manterá nos projetos. Já Exxon Mobil e ConocoPhillips não têm se mostrado dispostas a aderir, sendo que a Conoco estaria propensa a deixar a Venezuela, abandonando sua participação em dois projetos do Orinoco e suas ambições ligadas a um outro campo, Corocoro.

Se abandonarem a Venezuela, Exxon e ConocoPhillips serão as maiores a sair por causa da política de nacionalização imposta por Chávez desde que ele assumiu o comando do país, em 1999. Na ConocoPhillips, a saída geraria um grande impacto, já que sua participação no Orinoco representou cerca de 4% de sua produção total no ano passado. Sua receita com a Venezuela passou de 800 milhões de dólares em 2006, cerca de 5% do lucro total. Já a participação da Exxon no campo gerou apenas 1% da produção total da companhia. Analistas dizem que a perda do projeto não seria significativa.

Em 1 de maio, a Venezuela tomou o controle das operações do Orinoco, então um dos últimos campos gerenciados pela iniciativa privada no país. O presidente deu às companhias um tempo para que se chegasse a um acordo sobre a estrutura futura de administração, mas admitiu que nem todas aceitaram os termos do governo, já que a Venezuela pretende ter pelo menos 60% de participação em cada projeto.

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