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Extrema-direita europeia defende 'Europa à la carte'

A presidente da Frente Nacional francesa (FN), Marine Le Pen, criticou os "discursos do medo" de parlamentares da UE

Marine Le Pen: presidente da Frente Nacional francesa criticou os "discursos do medo" de parlamentares da UE (Francois Guillot/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2016 às 20h49.

A extrema-direita europeia defendeu nesta sexta-feira (17), em Viena, uma "Europa à la carte", atualmente representada pelo referendo britânico sobre o Brexit, contra o "jugo" da atual União Europeia (UE) que só irá causar "confusão e caos".

A menos de uma semana do referendo, a presidente da Frente Nacional francesa (FN), Marine Le Pen, criticou os "discursos do medo" do presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, e do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que defendem a manutenção do Reino Unido na UE.

"O que eles temem é que o Reino Unido reencontre sua liberdade, sua liberdade de comercializar com quem eles [os britânicos] quiserem. (...) Essas liberdades, nós queremos que todos os povos da Europa as reencontrem", clamou Le Pen para cerca de 2.000 pessoas, durante uma reunião em Viena.

Marine Le Pen também é copresidente do grupo de eurodeputados de extrema-direita e eurocéticos.

Após denunciar uma "política maluca de imigração", Marine reiterou que "esperamos generalizar esta Europa à la carte que alguns países já obtiveram, como a Dinamarca (...) e o Reino Unido, claro". Ela disse temer ver "as nações desaparecerem".

"Apenas essa Europa à la carte permitirá um futuro próspero e pacífico", acrescentou Le Pen, em coletiva de imprensa, acompanhada de outros representantes desse grupo, batizado "Europa das Nações e das Liberdades" (ENL), criado há um ano no Parlamento europeu.

A FN trabalha nesse grupo com representantes de nove países, incluindo deputados do partido de extrema-direita austríaco FPO. O presidente da sigla, Heinz-Christian Strache, expressou a vontade do grupo de "impor uma mudança no interior" de uma União Europeia, "cujas estruturas estão erradas", fruto de "confusão e caos", de acordo com Le Pen.

O presidente do FPÖ e sua colega da FN, dois dos partidos de extrema-direita mais bem estabelecidos na Europa, não se posicionaram a favor, nem contra, a partida do Reino Unido da União Europeia.

Para Le Pen, contudo, as "forças da Brexit" são um "sinal forte" da "dinâmica da Primavera dos Povos". Nesse contexto, ridicularizou "aqueles que prometem aos britânicos as catástrofes mais inimagináveis", em caso de vitória da "Brexit" no referendo de 23 de junho.

"A França pode ter mil razões a mais para querer sair da UE do que os ingleses", afirmou, na esperança de que "todos os países se questionem sobre sua relação com a UE".

A presidente da FN também considerou que seria "indecente" usar o assassinato da deputada britânica pró-europeia Jo Cox para "colocar pressão sobre um campo, ou outro" na campanha sobre o referendo britânico.

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A extrema-direita europeia defendeu nesta sexta-feira (17), em Viena, uma "Europa à la carte", atualmente representada pelo referendo britânico sobre o Brexit, contra o "jugo" da atual União Europeia (UE) que só irá causar "confusão e caos".

A menos de uma semana do referendo, a presidente da Frente Nacional francesa (FN), Marine Le Pen, criticou os "discursos do medo" do presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, e do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que defendem a manutenção do Reino Unido na UE.

"O que eles temem é que o Reino Unido reencontre sua liberdade, sua liberdade de comercializar com quem eles [os britânicos] quiserem. (...) Essas liberdades, nós queremos que todos os povos da Europa as reencontrem", clamou Le Pen para cerca de 2.000 pessoas, durante uma reunião em Viena.

Marine Le Pen também é copresidente do grupo de eurodeputados de extrema-direita e eurocéticos.

Após denunciar uma "política maluca de imigração", Marine reiterou que "esperamos generalizar esta Europa à la carte que alguns países já obtiveram, como a Dinamarca (...) e o Reino Unido, claro". Ela disse temer ver "as nações desaparecerem".

"Apenas essa Europa à la carte permitirá um futuro próspero e pacífico", acrescentou Le Pen, em coletiva de imprensa, acompanhada de outros representantes desse grupo, batizado "Europa das Nações e das Liberdades" (ENL), criado há um ano no Parlamento europeu.

A FN trabalha nesse grupo com representantes de nove países, incluindo deputados do partido de extrema-direita austríaco FPO. O presidente da sigla, Heinz-Christian Strache, expressou a vontade do grupo de "impor uma mudança no interior" de uma União Europeia, "cujas estruturas estão erradas", fruto de "confusão e caos", de acordo com Le Pen.

O presidente do FPÖ e sua colega da FN, dois dos partidos de extrema-direita mais bem estabelecidos na Europa, não se posicionaram a favor, nem contra, a partida do Reino Unido da União Europeia.

Para Le Pen, contudo, as "forças da Brexit" são um "sinal forte" da "dinâmica da Primavera dos Povos". Nesse contexto, ridicularizou "aqueles que prometem aos britânicos as catástrofes mais inimagináveis", em caso de vitória da "Brexit" no referendo de 23 de junho.

"A França pode ter mil razões a mais para querer sair da UE do que os ingleses", afirmou, na esperança de que "todos os países se questionem sobre sua relação com a UE".

A presidente da FN também considerou que seria "indecente" usar o assassinato da deputada britânica pró-europeia Jo Cox para "colocar pressão sobre um campo, ou outro" na campanha sobre o referendo britânico.

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