Explosões deixam 28 manifestantes feridos na Tailândia
Os manifestantes tentam derrubar o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e impedir uma eleição antecipada marcada para o dia 2 de fevereiro
Da Redação
Publicado em 19 de janeiro de 2014 às 08h42.
Bangcoc, 19 - Duas explosões atingiram manifestantes que protestavam contra o governo da Tailândia neste domingo, deixando pelo menos 28 feridos na capital Bangcoc. Segundo as autoridades de segurança, as explosões ocorreram perto do Monumento da Vitória, na região norte da cidade, e foram causadas por granadas de fragmentação.
Os manifestantes, que controlam vários pontos isolados da cidade, tentam derrubar o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e impedir uma eleição antecipada marcada para o dia 2 de fevereiro.
De acordo com testemunhas, as explosões ocorreram com um intervalo de dois minutos. A primeira delas aconteceu a cerca de 150 metros de um palco montado pelos manifestantes, deixando uma pequena cratera ao lado da banca de um vendedor de rua. A segunda ocorreu próximo a um conjunto de barracas onde os manifestantes vendiam camisetas com dizeres contra o governo. Segundo o Centro Médico Erawan, pelo menos 28 pessoas ficaram feridas.
A maior parte de Bangcoc, uma metrópole de 12 milhões de habitantes, mantém sua rotina quase inalterada em meio aos protestos das últimas semanas, mas episódios de violência como o registrado neste domingo estão se tornando quase diários, incluindo tiros contra pontos de encontro dos manifestantes e ataques às casas dos líderes do movimento.
Na noite de sábado um atirador abriu fogo contra manifestantes no distrito de Lad Prao, onde um grupo está acampado em um importante cruzamento de avenidas. Um homem de 54 anos foi atingido nas costas e ficou seriamente ferido. Ele passou por uma cirurgia de emergência e está internado na unidade de tratamento intensivo do Centro Médico Erawan.
Segundo o coronel Komsak Sumangkaset, o tiroteio teria acontecido a 300 metros do local do protesto e o ferido é um guarda voluntário que trabalhava em um posto de vigilância, encarregado de verificar veículos e pessoas que entravam na área do protesto. Na sexta-feira, uma granada atingiu uma passeata em outra parte de Bangcoc, deixando um morto e dezenas de feridos.
Não está claro quem está por trás desses ataques, mas um período prolongado de instabilidade aumenta as chances de um golpe militar. Tal desdobramento seria bem visto pelos manifestantes, que acusam o governo de adotar medidas populistas para "comprar" os eleitores e não querem uma nova votação. O Exército tailandês já promoveu quase dez golpes de Estado bem-sucedidos desde 1932. O último deles, em 2006, tirou do poder o irmão da atual primeira-ministra, Thaksin Shinawatra.
Temendo um golpe militar, a premiê Yingluck orientou a polícia a não interferir nos protestos e evitar confrontos com os manifestantes. A estratégia, entretanto, enfraqueceu a sensação de segurança na capital e prejudicou a autoridade do Estado. Neste sábado um dos líderes do movimento contra o governo, Issara Somchai, disse que os manifestantes prenderam dois homens que foram encontrados com pequenos explosivos caseiros. "Nós estamos tomando conta deles. Eles estão seguros conosco", comentou, acrescentando que os dois "suspeitos" estão sendo investigados. Fonte: Associated Press.
Bangcoc, 19 - Duas explosões atingiram manifestantes que protestavam contra o governo da Tailândia neste domingo, deixando pelo menos 28 feridos na capital Bangcoc. Segundo as autoridades de segurança, as explosões ocorreram perto do Monumento da Vitória, na região norte da cidade, e foram causadas por granadas de fragmentação.
Os manifestantes, que controlam vários pontos isolados da cidade, tentam derrubar o governo da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e impedir uma eleição antecipada marcada para o dia 2 de fevereiro.
De acordo com testemunhas, as explosões ocorreram com um intervalo de dois minutos. A primeira delas aconteceu a cerca de 150 metros de um palco montado pelos manifestantes, deixando uma pequena cratera ao lado da banca de um vendedor de rua. A segunda ocorreu próximo a um conjunto de barracas onde os manifestantes vendiam camisetas com dizeres contra o governo. Segundo o Centro Médico Erawan, pelo menos 28 pessoas ficaram feridas.
A maior parte de Bangcoc, uma metrópole de 12 milhões de habitantes, mantém sua rotina quase inalterada em meio aos protestos das últimas semanas, mas episódios de violência como o registrado neste domingo estão se tornando quase diários, incluindo tiros contra pontos de encontro dos manifestantes e ataques às casas dos líderes do movimento.
Na noite de sábado um atirador abriu fogo contra manifestantes no distrito de Lad Prao, onde um grupo está acampado em um importante cruzamento de avenidas. Um homem de 54 anos foi atingido nas costas e ficou seriamente ferido. Ele passou por uma cirurgia de emergência e está internado na unidade de tratamento intensivo do Centro Médico Erawan.
Segundo o coronel Komsak Sumangkaset, o tiroteio teria acontecido a 300 metros do local do protesto e o ferido é um guarda voluntário que trabalhava em um posto de vigilância, encarregado de verificar veículos e pessoas que entravam na área do protesto. Na sexta-feira, uma granada atingiu uma passeata em outra parte de Bangcoc, deixando um morto e dezenas de feridos.
Não está claro quem está por trás desses ataques, mas um período prolongado de instabilidade aumenta as chances de um golpe militar. Tal desdobramento seria bem visto pelos manifestantes, que acusam o governo de adotar medidas populistas para "comprar" os eleitores e não querem uma nova votação. O Exército tailandês já promoveu quase dez golpes de Estado bem-sucedidos desde 1932. O último deles, em 2006, tirou do poder o irmão da atual primeira-ministra, Thaksin Shinawatra.
Temendo um golpe militar, a premiê Yingluck orientou a polícia a não interferir nos protestos e evitar confrontos com os manifestantes. A estratégia, entretanto, enfraqueceu a sensação de segurança na capital e prejudicou a autoridade do Estado. Neste sábado um dos líderes do movimento contra o governo, Issara Somchai, disse que os manifestantes prenderam dois homens que foram encontrados com pequenos explosivos caseiros. "Nós estamos tomando conta deles. Eles estão seguros conosco", comentou, acrescentando que os dois "suspeitos" estão sendo investigados. Fonte: Associated Press.