Refugiados: nações do centro da Europa propuseram a elaboração de planos de emergência secundários para deter o fluxo de imigrantes (Roberta Atanasovski / AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 12h20.
Atenas- Excluir a Grécia do regime de fronteiras abertas conhecido como Espaço Schengen não resolverá a crise imigratória que está levando a coesão da Europa ao limite, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, nesta terça-feira.
A Europa precisa aprimorar a proteção de suas fronteiras externas, disse ele aos repórteres depois de conversar com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, em Atenas.
Isso exige mais esforço da Grécia, mas também mais apoio de seus parceiros de União Europeia.
Na segunda-feira, nações do centro da Europa propuseram a elaboração de planos de emergência secundários para deter o fluxo de imigrantes que atravessam os Bálcãs rumo ao oeste europeu, na prática cercando a Grécia.
"A crise imigratória está testando nossa união até o limite", afirmou Tusk. "Para todos aqueles que vêm falando sobre excluir a Grécia de Schengen, pensando que essa seja a solução para a crise imigratória, eu digo: não é".
A Grécia –principal porta de entrada para a Europa de mais de 1 milhão de refugiados e imigrantes desde o ano passado, muitos dos quais cruzaram o mar partindo da Turquia– está sofrendo enorme pressão de seus parceiros da UE para intensificar as verificações em suas fronteiras.
Na semana passada, ministros do bloco deram a Atenas três meses para cumprir 50 recomendações para resolver os problemas em suas divisas.
Se não o fizer, os membros da UE signatários do Espaço Schengen podem impor verificações nas fronteiras internas durante até dois anos.