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Ex-vice-presidente do Equador acusa Moreno de ilegalidade em destituição

Jorge Glas foi afastado do cargo e condenado a seis anos de prisão por estar envolvido em caso de corrupção ligado à construtora Odebrecht

Glas: defesa pede que a destituição do ex-presidente equatoriano seja revista para que a Justiça possa definir as "violências processuais cometidas em matéria constitucional" conta ele (Daniel Tapia/Reuters)
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EFE

Publicado em 2 de maio de 2018 às 18h45.

O ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, preso por envolvimento em um caso de corrupção ligado a Odebrecht, entrou nesta quarta-feira com uma ação contra o presidente do país, Lenín Moreno, por considerar que os mecanismos usados para destituí-lo do cargo violam a Constituição.

O advogado de Glas, Alejandro Vanegas Cortázar, revelou a ação hoje e explicou que o processo foi aberto contra vários políticos e membros do governo, mas especialmente contra o presidente do Equador. Entre os citados estão o ex-presidente da Assembleia Nacional José Serrano, a atual presidente da casa, Elizabeth Cabezas, e a vice-presidente do país, María Alejandra Vicuña.

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Glas foi condenado em dezembro a 6 anos de prisão ao ser declarado culpado pela Tribunal Penal da Corte Nacional de Justiça do Equador pelo crime de formação de quadrilha dentro do escândalo de propina envolvendo a construtora Odebrecht no país.

A Procuradoria-Geral do Equador tinha pedido a pena máxima de seis anos de prisão para o vice-presidente, por considerá-lo culpado de receber US$ 13,5 milhões em propina da construtora brasileira para beneficiá-la em cinco contratos em 2012 e 2016. Na época, Glas comandava setores estratégicos do governo de Rafael Correa.

O advogado do ex-vice-presidente questionou os métodos usados para destituir Glas do cargo. Para ele, as condições do processo deveriam ser revisadas e o mecanismo usado é "questionável".

Cortazár considerou a pena dada a seu cliente como "absolutamente desproporcional" e lembrou que ele está recorrendo da decisão. Por isso, o advogado quer que a destituição seja revista para que a Justiça possa definir as "violências processuais cometidas em matéria constitucional contra Glas".

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