Ex-presidente da Guatemala nega envolvimento com corrupção
ex-presidente da Guatemala Otto Pérez Molina negou que fazia parte de uma rede de corrupção no governo conhecida como "La Linea"
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2015 às 22h45.
Cidade da Guatemala - O ex-presidente da Guatemala Otto Pérez Molina negou nesta sexta-feira, em seu primeiro depoimento ao juiz Miguel Ángel Gálvez, que fazia parte de uma rede de corrupção no governo conhecida como "La Linea", um caso que o obrigou ontem a renunciar à presidência.
"Quero dizer que não reconheço e nego o que o Ministério Público começou a dizer ontem", declarou Pérez Molina, indiciado por três crimes por, supostamente, ser um dos lideres do esquema de corrupção.
Para o ex-mandatário, "existe má intenção" ao envolvê-lo no caso. Ele lembrou que a decisão de abrir a investigação foi resultado de uma reunião que ele teve com o titular da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), o jurista colombiano Ivan Velásquez.
"Se eu tivesse tido conhecimento da rede, teria dito (ao comissário) que não estava interessado" em uma investigação, argumentou.
Pérez Molina reconheceu que a descoberta da rede de corrupção é "importante" e parabenizou o Ministério Público pelo trabalho de encontrar e deter seus membros.
"Quero dizer que não recebi dinheiro, mas foram feitos esforços neste governo, e coube a mim tornar a arrecadação (tributária) uma realidade", acrescentou.
O ex-mandatário disse que as acusações do Ministério Público "são inconsistentes" porque os documentos mostrados pelo órgão judicial não têm assinaturas.
Além disso, o general reformado afirmou que é uma "especulação" do Ministério Público a versão segundo a qual ele e sua ex-vice-presidente, Roxana Baldetti, que renunciou ao cargo em maio e permanece em prisão preventiva, dividiram 50% da propina recebida pela rede de corrupção.
"Não vou abrir mão da minha dignidade por dinheiro", afirmou o ex-presidente, que também negou ter recebido qualquer benefício financeiro da rede.
Segundo as investigações do Ministério Público e da Cicig, um órgão da ONU, a rede "La Linea" teria obtido 28,5 milhões de quetzais (US$ 3,70 milhões) entre maio de 2014 e abril de 2015.
Pérez Molina foi acusado ontem pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha e caso especial de fraude aduaneira.
O ex-chefe de Estado passou sua primeira noite em prisão provisória após ordem expedida na quinta-feira pelo juiz Miguel Ángel Gálvez para garantir a continuidade da audiência e proteger a vida de Pérez Molina, explicou o magistrado.
Cidade da Guatemala - O ex-presidente da Guatemala Otto Pérez Molina negou nesta sexta-feira, em seu primeiro depoimento ao juiz Miguel Ángel Gálvez, que fazia parte de uma rede de corrupção no governo conhecida como "La Linea", um caso que o obrigou ontem a renunciar à presidência.
"Quero dizer que não reconheço e nego o que o Ministério Público começou a dizer ontem", declarou Pérez Molina, indiciado por três crimes por, supostamente, ser um dos lideres do esquema de corrupção.
Para o ex-mandatário, "existe má intenção" ao envolvê-lo no caso. Ele lembrou que a decisão de abrir a investigação foi resultado de uma reunião que ele teve com o titular da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), o jurista colombiano Ivan Velásquez.
"Se eu tivesse tido conhecimento da rede, teria dito (ao comissário) que não estava interessado" em uma investigação, argumentou.
Pérez Molina reconheceu que a descoberta da rede de corrupção é "importante" e parabenizou o Ministério Público pelo trabalho de encontrar e deter seus membros.
"Quero dizer que não recebi dinheiro, mas foram feitos esforços neste governo, e coube a mim tornar a arrecadação (tributária) uma realidade", acrescentou.
O ex-mandatário disse que as acusações do Ministério Público "são inconsistentes" porque os documentos mostrados pelo órgão judicial não têm assinaturas.
Além disso, o general reformado afirmou que é uma "especulação" do Ministério Público a versão segundo a qual ele e sua ex-vice-presidente, Roxana Baldetti, que renunciou ao cargo em maio e permanece em prisão preventiva, dividiram 50% da propina recebida pela rede de corrupção.
"Não vou abrir mão da minha dignidade por dinheiro", afirmou o ex-presidente, que também negou ter recebido qualquer benefício financeiro da rede.
Segundo as investigações do Ministério Público e da Cicig, um órgão da ONU, a rede "La Linea" teria obtido 28,5 milhões de quetzais (US$ 3,70 milhões) entre maio de 2014 e abril de 2015.
Pérez Molina foi acusado ontem pelo Ministério Público pelos crimes de corrupção passiva, formação de quadrilha e caso especial de fraude aduaneira.
O ex-chefe de Estado passou sua primeira noite em prisão provisória após ordem expedida na quinta-feira pelo juiz Miguel Ángel Gálvez para garantir a continuidade da audiência e proteger a vida de Pérez Molina, explicou o magistrado.