Ex-agente da CIA é condenado por vazar informação
Jeffrey A. Sterling foi condenado a 42 meses de prisão por vazar a um jornalista detalhes sobre um complô secreto para desmantelar o programa nuclear do Irã
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2015 às 23h55.
Washington - A Justiça dos Estados Unidos condenou nesta segunda-feira o ex-agente da CIA (agência de inteligência americana), Jeffrey A. Sterling, a 42 meses de prisão por vazar a um jornalista do "The New York Times" detalhes sobre um complô secreto para desmantelar o programa nuclear iraniano.
A juíza Léonie M. Brinkema, da corte federal de Alexandria (Virgínia), ditou hoje a sentença final para Sterling, de 47 anos, que em janeiro já havia sido declarado culpado de nove acusações por revelação de informação relacionada com a defesa nacional, obstrução à justiça e vazamento de segredos, entre outras.
O ex-oficial da CIA foi acusado em 2010 de vazar informação confidencial ao jornalista James Risen para seu livro "State of War: The Secret History of the CIA and the Bush Administration", no qual revela uma operação encoberta destinada a sabotar o programa nuclear do Irã.
Embora o jornalista sempre tenha se negado a revelar sua fonte, o Departamento de Justiça afirma que durante o julgamento ficou demonstrada a troca de e-mails e ligações entre o repórter e o ex-espião entre dezembro de 2003 e novembro de 2005, justo antes da publicação do livro, em 2006.
A acusação pedia para Sterling, que fez parte da CIA entre maio de 1993 e janeiro de 2002, uma "severa" sentença de 19 a 24 anos de prisão por considerar que a publicação do livro provocou o fechamento de um dos poucos mecanismos com os quais o governo americano contava para frear a corrida nuclear do Irã.
No entanto, a defesa pediu à magistrada que impusesse a Sterling uma sanção similar às ditadas para outras pessoas envolvidas em casos de vazamentos, como o general reformado David Petraeus, ex-diretor da CIA e um dos militares mais prestigiados dos EUA.
O condecorado militar foi condenado no último dia 23 de abril a dois anos de liberdade vigiada e uma multa de US$ 100 mil por vazar informação secreta a sua biógrafa, com a qual mantinha uma relação sentimental.
O processo contra Sterling, que começou sob o mandato do presidente George W. Bush e se prolongou durante o do presidente Barack Obama, ganhou mais atenção midiática quando o jornalista foi obrigado a prestar depoimento no julgamento do ex-agente e, ao negar-se a revelar suas fontes, correu o risco de ser condenado à prisão.
Finalmente, por causa da pressão de diferentes grupos de jornalistas, o Departamento de Justiça americana decidiu não convocar o repórter, ganhador de dois prêmios Pulitzer.
A ex-secretária de Estado, Condoleezza Rice, depôs como testemunha no tribunal de Alexandria, por onde também passaram agentes da CIA que falaram atrás de telas negras para não revelar sua identidade.
Washington - A Justiça dos Estados Unidos condenou nesta segunda-feira o ex-agente da CIA (agência de inteligência americana), Jeffrey A. Sterling, a 42 meses de prisão por vazar a um jornalista do "The New York Times" detalhes sobre um complô secreto para desmantelar o programa nuclear iraniano.
A juíza Léonie M. Brinkema, da corte federal de Alexandria (Virgínia), ditou hoje a sentença final para Sterling, de 47 anos, que em janeiro já havia sido declarado culpado de nove acusações por revelação de informação relacionada com a defesa nacional, obstrução à justiça e vazamento de segredos, entre outras.
O ex-oficial da CIA foi acusado em 2010 de vazar informação confidencial ao jornalista James Risen para seu livro "State of War: The Secret History of the CIA and the Bush Administration", no qual revela uma operação encoberta destinada a sabotar o programa nuclear do Irã.
Embora o jornalista sempre tenha se negado a revelar sua fonte, o Departamento de Justiça afirma que durante o julgamento ficou demonstrada a troca de e-mails e ligações entre o repórter e o ex-espião entre dezembro de 2003 e novembro de 2005, justo antes da publicação do livro, em 2006.
A acusação pedia para Sterling, que fez parte da CIA entre maio de 1993 e janeiro de 2002, uma "severa" sentença de 19 a 24 anos de prisão por considerar que a publicação do livro provocou o fechamento de um dos poucos mecanismos com os quais o governo americano contava para frear a corrida nuclear do Irã.
No entanto, a defesa pediu à magistrada que impusesse a Sterling uma sanção similar às ditadas para outras pessoas envolvidas em casos de vazamentos, como o general reformado David Petraeus, ex-diretor da CIA e um dos militares mais prestigiados dos EUA.
O condecorado militar foi condenado no último dia 23 de abril a dois anos de liberdade vigiada e uma multa de US$ 100 mil por vazar informação secreta a sua biógrafa, com a qual mantinha uma relação sentimental.
O processo contra Sterling, que começou sob o mandato do presidente George W. Bush e se prolongou durante o do presidente Barack Obama, ganhou mais atenção midiática quando o jornalista foi obrigado a prestar depoimento no julgamento do ex-agente e, ao negar-se a revelar suas fontes, correu o risco de ser condenado à prisão.
Finalmente, por causa da pressão de diferentes grupos de jornalistas, o Departamento de Justiça americana decidiu não convocar o repórter, ganhador de dois prêmios Pulitzer.
A ex-secretária de Estado, Condoleezza Rice, depôs como testemunha no tribunal de Alexandria, por onde também passaram agentes da CIA que falaram atrás de telas negras para não revelar sua identidade.