Ex-advogado de Trump é investigado por fraude fiscal, diz WSJ
A nova investigação se soma a outras contra Cohen por seus negócios pessoais e para Trump, incluindo os supostos pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels
EFE
Publicado em 7 de agosto de 2018 às 14h59.
Nova York - Michael Cohen, que durante anos foi advogado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , é investigado por fraude fiscal, informou nesta terça-feira o "The Wall Street Journal" (WSJ).
Essa investigação, desconhecida até agora, se soma a outras já abertas contra Cohen pelos negócios pessoais e para Trump, incluídos os supostos pagamentos à atriz pornô Stormy Daniels para que ficasse em silêncio sobre a relação que supostamente manteve com o agora presidente.
Segundo o "WSJ", promotores federais em Nova York estão investigando se Cohen violou a lei ao não incluir todos seus ingressos em suas declarações de impostos.
Concretamente, se centram em um negócio de licenças de táxi operado pelo advogado e em centenas de milhares de dólares que supostamente recebeu em dinheiro durante os últimos cinco anos, segundo uma fonte conhecedora das investigações citada pelo jornal.
Além disso, os promotores estão analisando se Cohen obteve empréstimos bancários irregulares.
Esses crimes podem representar grandes penas de prisão, por isso que, segundo o WSJ, podem aumentar a pressão sobre Cohen para que coopere com os investigadores em outros casos.
Nos últimos meses, veículos de imprensa americanos asseguraram que o advogado considera colaborar com as autoridades e contra Trump caso tenha que enfrentar acusações penais.
O FBI revistou em 9 de abril o escritório de Cohen em Nova York e confiscou documentos relacionados com diferentes assuntos, entre eles os supostos pagamentos de até US$ 130 mil feitos à atriz pornô Stormy Daniels para que fizesse silêncio sobre a relação que supostamente manteve com o atual líder.
Há duas semanas, o próprio Cohen vazou à CNN uma gravação na qual ele e Trump falam antes das eleições de 2016 sobre outro possível pagamento para silenciar a ex-modelo de Playboy Karen McDougal, que assegura ter tido um caso com o agora presidente.
O advogado, que durante anos foi um dos mais próximos colaboradores de Trump, foi também vinculado com a investigação do procurador especial Robert Mueller, que tenta provar se a equipe do presidente confabulou com o Kremlin para conseguir a vitória eleitoral.