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Europa receberá o Ano Novo com segurança reforçada

"Esta não será uma festa de Ano Novo como as outras", advertiu o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve

Exército em Bruxelas: "Esta não será uma festa de Ano Novo como as outras", advertiu o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve (Yves Herman / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2015 às 10h48.

As principais cidades europeias ameaçadas pelo terrorismo jihadista recebem 2016 com um forte dispositivo de segurança em suas celebrações populares, o que deixou Paris e Bruxelas sem fogos de artifício e a Praça Vermelha de Moscou fechada para o público.

"Esta não será uma festa de Ano Novo como as outras", advertiu o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, ao anunciar uma mobilização sem precedentes de 60 mil policiais e militares nas principais cidades da França, dos quais 11 mil estarão em Paris .

A suspensão dos emblemáticos fogos de artifício das imediações da Torre Eiffel e a redução a apenas 10 minutos das projeções de vídeo no Arco do Triunfo, assim como a limitação de acesso à Champs-Elysées, correspondem a uma preocupação em reduzir os riscos nas concentrações de gente.

Mas também é uma amostra de sobriedade e austeridade inabitual em uma cidade que começou 2015 com os atentados contra a revista satírica Charlie Heddo e um supermercado judeu, que deixaram 17 mortos, e que 11 meses depois, em novembro, sofria os piores ataques terroristas de sua história, com 130 mortos.

Desde então em estado de emergência, a França interpretou aquela onda de atentados reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em uma sala de concertos, vários restaurantes e nos limites do Stade de France como um "ato de guerra".

Embora hoje "não haja elementos novos específicos", a "ameaça é "permanente", segundo o governador regional de polícia de Paris, Michel Cadot, que tem a responsabilidade de assegurar nesta noite a segurança da maior concentração de pessoas autorizada na França desde o estabelecimento do estado de emergência em 13 de novembro.

Desde hoje são dez os acusados na Bélgica por sua suposta envolvimento nesses atentados de Paris, no marco da investigação aberta por um juiz de Bruxelas, onde também são extremas as medidas de segurança para esta noite e que motivaram a detenção de seis pessoas nesta quinta-feira na capital belga e em seus arredores em uma operação ainda aberta.

Em Bruxelas, coração da União Europeia, imersa nas últimas semanas na psicose pelo medo a atentados, não só foram anulados os fogos de artifício, mas todas as festividades planificadas para a celebração da virado do ano e a chegada do Ano Novo no centro histórico da cidade.

Medidas de exceção adotadas pelas autoridades com caráter de urgência após a detenção na terça-feira passada de dois supostos terroristas que aparentemente pretendiam atentar hoje em "vários lugares emblemáticos" e após avaliar relatórios que consideram "importante" o risco de ataques jihadistas em Bruxelas.

A emblemática Praça Vermelha de Moscou, o coração da cidade onde é tradição festejar a chegada do Ano Novo, estará fechada nesta noite ao público, enquanto 15 mil policiais se encarregarão de zelar pela segurança da capital da Rússia.

Em Londres, cerca de 3 mil agentes estarão nas ruas da cidade que também mantém seus tradicionais fogos de artifício perto da roda-gigante situada contra o parlamento, embora unicamente será permitido o acesso dos que tenham entradas.

Madri, que em 2004 sofreu o pior atentado jihadista na Europa com 191 mortos, reforçará seus controles e permitirá apenas 25 mil pessoas (a metade da capacidade) que presenciem na praça da Porta do Sol as badaladas de Fim de Ano.

A tradicional festa do ano novo em Berlim, diante do Portão de Brandemburgo, onde em anos anteriores até um milhão de pessoas chegaram a se reunir, estará acompanhada de um reforçado dispositivo de segurança com 900 policiais. Foram proibidas mochilas e bolsas grandes.

Enquanto isso, milhares de agentes se desdobrarão nesta noite nas principais praças de Istambul e Ancara perante o medo a atentados após a detenção de dois supostos integrantes do EI preparados para atentar na capital nesta virada do ano.

Sem uma ameaça concreta, mas presas no temor que percorre a Europa, Roma, Lisboa e Viena, onde amanhã será celebrado o famoso Concerto de Ano Novo, também reforçaram seus dispositivos de segurança com a esperança de receber 2016 em paz.

Além da Europa, Nova York desdobrará cerca 6 mil agentes na Times Square, o maior operacional mais visto e que, segundo o chefe de antiterrorismo de polícia da cidade, James Waters, faz da mesma "o lugar mais seguro do mundo" neste Ano Novo.EFE

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As principais cidades europeias ameaçadas pelo terrorismo jihadista recebem 2016 com um forte dispositivo de segurança em suas celebrações populares, o que deixou Paris e Bruxelas sem fogos de artifício e a Praça Vermelha de Moscou fechada para o público.

"Esta não será uma festa de Ano Novo como as outras", advertiu o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, ao anunciar uma mobilização sem precedentes de 60 mil policiais e militares nas principais cidades da França, dos quais 11 mil estarão em Paris .

A suspensão dos emblemáticos fogos de artifício das imediações da Torre Eiffel e a redução a apenas 10 minutos das projeções de vídeo no Arco do Triunfo, assim como a limitação de acesso à Champs-Elysées, correspondem a uma preocupação em reduzir os riscos nas concentrações de gente.

Mas também é uma amostra de sobriedade e austeridade inabitual em uma cidade que começou 2015 com os atentados contra a revista satírica Charlie Heddo e um supermercado judeu, que deixaram 17 mortos, e que 11 meses depois, em novembro, sofria os piores ataques terroristas de sua história, com 130 mortos.

Desde então em estado de emergência, a França interpretou aquela onda de atentados reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em uma sala de concertos, vários restaurantes e nos limites do Stade de France como um "ato de guerra".

Embora hoje "não haja elementos novos específicos", a "ameaça é "permanente", segundo o governador regional de polícia de Paris, Michel Cadot, que tem a responsabilidade de assegurar nesta noite a segurança da maior concentração de pessoas autorizada na França desde o estabelecimento do estado de emergência em 13 de novembro.

Desde hoje são dez os acusados na Bélgica por sua suposta envolvimento nesses atentados de Paris, no marco da investigação aberta por um juiz de Bruxelas, onde também são extremas as medidas de segurança para esta noite e que motivaram a detenção de seis pessoas nesta quinta-feira na capital belga e em seus arredores em uma operação ainda aberta.

Em Bruxelas, coração da União Europeia, imersa nas últimas semanas na psicose pelo medo a atentados, não só foram anulados os fogos de artifício, mas todas as festividades planificadas para a celebração da virado do ano e a chegada do Ano Novo no centro histórico da cidade.

Medidas de exceção adotadas pelas autoridades com caráter de urgência após a detenção na terça-feira passada de dois supostos terroristas que aparentemente pretendiam atentar hoje em "vários lugares emblemáticos" e após avaliar relatórios que consideram "importante" o risco de ataques jihadistas em Bruxelas.

A emblemática Praça Vermelha de Moscou, o coração da cidade onde é tradição festejar a chegada do Ano Novo, estará fechada nesta noite ao público, enquanto 15 mil policiais se encarregarão de zelar pela segurança da capital da Rússia.

Em Londres, cerca de 3 mil agentes estarão nas ruas da cidade que também mantém seus tradicionais fogos de artifício perto da roda-gigante situada contra o parlamento, embora unicamente será permitido o acesso dos que tenham entradas.

Madri, que em 2004 sofreu o pior atentado jihadista na Europa com 191 mortos, reforçará seus controles e permitirá apenas 25 mil pessoas (a metade da capacidade) que presenciem na praça da Porta do Sol as badaladas de Fim de Ano.

A tradicional festa do ano novo em Berlim, diante do Portão de Brandemburgo, onde em anos anteriores até um milhão de pessoas chegaram a se reunir, estará acompanhada de um reforçado dispositivo de segurança com 900 policiais. Foram proibidas mochilas e bolsas grandes.

Enquanto isso, milhares de agentes se desdobrarão nesta noite nas principais praças de Istambul e Ancara perante o medo a atentados após a detenção de dois supostos integrantes do EI preparados para atentar na capital nesta virada do ano.

Sem uma ameaça concreta, mas presas no temor que percorre a Europa, Roma, Lisboa e Viena, onde amanhã será celebrado o famoso Concerto de Ano Novo, também reforçaram seus dispositivos de segurança com a esperança de receber 2016 em paz.

Além da Europa, Nova York desdobrará cerca 6 mil agentes na Times Square, o maior operacional mais visto e que, segundo o chefe de antiterrorismo de polícia da cidade, James Waters, faz da mesma "o lugar mais seguro do mundo" neste Ano Novo.EFE

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