Europa em pé de guerra contra contágio da crise da dívida à Itália
O Eurogrupo se reuniu pela manhã, convocado de maneira surpreendente no fim de semana, e as autoridades econômicas da Eurozona se encontrarão durante a tarde
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2011 às 11h00.
Bruxelas - A Europa se mobilizava nesta segunda-feira para defender a zona do euro, debilitada pelos problemas no segundo plano de resgate para a Grécia e pela ameaça de contágio da crise à Itália, que colocaria em perigo a união monetária.
A Grécia precisa de um plano de ajuda "a muito, muito curto prazo", disse a chefe do governo alemão, Angela Merkel, que também instou a Itália a aprovar um orçamento "que responda às exigências de economia e de consolidação".
O Eurogrupo se reuniu pela manhã, convocado de maneira surpreendente no fim de semana, e as autoridades econômicas da Eurozona se encontrarão durante a tarde, em uma atmosfera aquecida pela decisão da agência Moody's de rebaixar à categoria especulativa a nota de Portugal, um país submetido a um plano de empréstimos da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O comissário europeu de Serviços Financeiros, Michel Barnier, propôs endurecer as regras aplicáveis às agências qualificadoras, proibindo-as de dar nota aos países que são alvo de um plano de resgate internacional.
"Penso em pedir à presidência polonesa (da União Europeia) que inclua este tema na agenda do dia nos próximos Ecofin (reuniões dos ministros europeus das Finanças). No entanto, ainda será preciso estudar sua viabilidade e examinar as modalidades de tal proibição", declarou em um discurso pronunciado em Paris e divulgado em Bruxelas.
O presidente da UE, Herman Van Rompuy, convidou de maneira inesperada no domingo para uma reunião nesta segunda-feira os presidentes do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, assim como o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.
Seu objetivo: "coordenar as posições" sobre o caso grego num momento em que as discrepâncias são um fato e os europeus já não descartam completamente a ideia de um default parcial da Grécia.
Uma ideia a qual se opõe categoricamente o BCE, que adverte que neste caso não aceitaria os bônus gregos em troca dos empréstimos que concede aos bancos do país.
"Não se trata de uma reunião de crise", assegurou o porta-voz de Van Rompuy. E garantiu que o tema central é a Grécia, e não a Itália, a última na lista a sofrer a pressão dos mercados desde o fim de semana passado.
A sensação de urgência está aí. A chanceler alemã Angela Merkel afirmou ter conversado com o chefe de governo italiano Silvio Berlusconi para pedir que o Parlamento adote rapidamente um plano de austeridade.
Nesta segunda-feira pela manhã, os bônus em longo prazo da Espanha e da Itália atingiram seus níveis mais altos desde a criação da zona do euro. Os bônus espanhóis a 10 anos alcançaram 5,79% às 10H40 local (05H40 de Brasília) e os da Itália 5,451%.
A Bolsa de Milão caía 3,27% às 12H15 GMT (09H15 de Brasília).
Bruxelas - A Europa se mobilizava nesta segunda-feira para defender a zona do euro, debilitada pelos problemas no segundo plano de resgate para a Grécia e pela ameaça de contágio da crise à Itália, que colocaria em perigo a união monetária.
A Grécia precisa de um plano de ajuda "a muito, muito curto prazo", disse a chefe do governo alemão, Angela Merkel, que também instou a Itália a aprovar um orçamento "que responda às exigências de economia e de consolidação".
O Eurogrupo se reuniu pela manhã, convocado de maneira surpreendente no fim de semana, e as autoridades econômicas da Eurozona se encontrarão durante a tarde, em uma atmosfera aquecida pela decisão da agência Moody's de rebaixar à categoria especulativa a nota de Portugal, um país submetido a um plano de empréstimos da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O comissário europeu de Serviços Financeiros, Michel Barnier, propôs endurecer as regras aplicáveis às agências qualificadoras, proibindo-as de dar nota aos países que são alvo de um plano de resgate internacional.
"Penso em pedir à presidência polonesa (da União Europeia) que inclua este tema na agenda do dia nos próximos Ecofin (reuniões dos ministros europeus das Finanças). No entanto, ainda será preciso estudar sua viabilidade e examinar as modalidades de tal proibição", declarou em um discurso pronunciado em Paris e divulgado em Bruxelas.
O presidente da UE, Herman Van Rompuy, convidou de maneira inesperada no domingo para uma reunião nesta segunda-feira os presidentes do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, e da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, assim como o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Olli Rehn.
Seu objetivo: "coordenar as posições" sobre o caso grego num momento em que as discrepâncias são um fato e os europeus já não descartam completamente a ideia de um default parcial da Grécia.
Uma ideia a qual se opõe categoricamente o BCE, que adverte que neste caso não aceitaria os bônus gregos em troca dos empréstimos que concede aos bancos do país.
"Não se trata de uma reunião de crise", assegurou o porta-voz de Van Rompuy. E garantiu que o tema central é a Grécia, e não a Itália, a última na lista a sofrer a pressão dos mercados desde o fim de semana passado.
A sensação de urgência está aí. A chanceler alemã Angela Merkel afirmou ter conversado com o chefe de governo italiano Silvio Berlusconi para pedir que o Parlamento adote rapidamente um plano de austeridade.
Nesta segunda-feira pela manhã, os bônus em longo prazo da Espanha e da Itália atingiram seus níveis mais altos desde a criação da zona do euro. Os bônus espanhóis a 10 anos alcançaram 5,79% às 10H40 local (05H40 de Brasília) e os da Itália 5,451%.
A Bolsa de Milão caía 3,27% às 12H15 GMT (09H15 de Brasília).