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EUA vigiarão "ativamente" quem chegar da África Ocidental

Indivíduos terão de verificar sua temperatura diariamente e fornecer dados de contato de amigos e familiares, caso seja necessário fazer um monitoramento

Um homem usa uma máscara com a inscrição "ebola" durante um protesto em Milão em 18 de outubro de 2014 (Marco Bertorello/AFP)

Um homem usa uma máscara com a inscrição "ebola" durante um protesto em Milão em 18 de outubro de 2014 (Marco Bertorello/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 16h11.

Washington - Os viajantes que ingressarem nos Estados Unidos dos países afetados pelo ebola na África Ocidental serão submetidos a uma "vigilância ativa" durante 21 dias, em busca de sinais do vírus - informaram autoridades de Saúde americanas nesta quarta-feira.

"Temos de manter a guarda contra o ebola", afirmou o diretor dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDCs, na sigla em inglês), Tom Frieden, em conversa com a imprensa.

"O novo programa de vigilância ativa de cada pessoa que vier ao país" se aplica a quem tiver originado sua viagem nos três países mais afetados - Libéria, Guiné e Serra Leoa, onde mais de 4.500 pessoas morreram este ano.

Esses indivíduos terão de verificar sua temperatura diariamente e fornecer dados de contato de amigos e familiares, caso seja necessário fazer um monitoramento.

O sistema começa a funcionar a partir da próxima segunda-feira, 27 de outubro, para "proteger os americanos do ebola" durante o período de incubação da doença, que dura até 21 dias, acrescentou Frieden.

As cerca de 150 pessoas que entram todos os dias nos Estados Unidos da África Ocidental receberão um "kit de cuidados", que inclui uma caderneta para monitoramento, instruções para controlar a temperatura, descrições dos sintomas e um número de telefone, caso os sintomas apareçam.

Essa medida foi anunciada um dia depois de o Departamento americano de Segurança Interna ter anunciado que todas as pessoas que chegarem aos Estados Unidos de regiões afetadas terão de passar, necessariamente, por um dos cinco aeroportos que implantaram medidas adicionais de proteção.

Dois deles são em Nova York; um, em Washington, D.C.; além dos aeroportos internacionais de Atlanta e Chicago, onde desembarcam 94% dos viajantes dessa região.

Na América Latina, Panamá e República Dominicana restringiram totalmente a entrada de passageiros procedentes desses três países do oeste africano.

No caso do Panamá, em particular, o Ministério de Saúde anunciou nesta quarta-feira que "essa restrição se manterá até que as respectivas nações sejam declaradas livres do vírus ebola".

O governo dominicano proibiu na terça o ingresso no território de quem tiver visitado esses países, além de Nigéria e Senegal, nos últimos 30 dias. Estes dois últimos já foram declarados livres de ebola.

O vírus ebola causa uma febre hemorrágica que se manifesta por dores no corpo, vômito e diarreia. O contágio se dá por contato direto com fluidos corporais de uma pessoa que já apresente os sintomas.

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