EUA responderão suposto ataque químico na Síria mesmo sem aval da ONU
Embaixadora americana na entidade, Nikki Haley, assegurou que Washington está avaliando "decisões importantes". mas não detalhou operações
EFE
Publicado em 9 de abril de 2018 às 19h08.
Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira que "responderão" ao suposto ataque químico na cidade de Duma, na Síria , com ou sem o apoio do Conselho de Segurança da ONU.
"A História registrará este como o momento no qual o Conselho de Segurança cumpriu seu dever ou mostrou seu fracasso total e completo em proteger os sírios. De qualquer forma, os EUA responderão", afirmou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.
A diplomata não detalhou que tipo de resposta seria essa, mas assegurou que Washington está avaliando atualmente "decisões importantes".
Hoje, o presidente americano já tinha antecipado sua intenção de decidir nas próximas horas sobre uma possível resposta militar ao suposto ataque químico, pelo qual os EUA e seus aliados culpam Damasco.
Referindo-se ao líder sírio, Bashar al Assad, a diplomata ressaltou que os EUA estão "determinados a ver o monstro que usa armas químicas ser responsabilizado".
A diplomata americana reforçou ainda que Rússia e Irã, como aliados estreitos de Assad, têm responsabilidade por suas ações e poderiam ter evitado o ocorrido.
Além disso, Haley lembrou que Moscou utilizou em várias ocasiões seu direito de veto no Conselho de Segurança para proteger as autoridades sírias e lamentou que o "obstrucionismo" russo mantenha "refém" o principal órgão de decisão das Nações Unidas.
Os Estados Unidos propuseram hoje aos demais membros do Conselho uma minuta de resolução para criar um novo mecanismo internacional que se encarregue de determinar quem está por trás dos ataques com armas químicas na Síria.
Os EUA e outros países estão insistindo na necessidade de estabelecer uma investigação deste tipo desde novembro do ano passado, quando a Rússia vetou a continuidade do mecanismo conjunto da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) que tinha essa mesma incumbência. EFE