EUA quer redir 30% das emissões na geração de energia
Nova política limita as emissões em relação a cada unidade de produção de energia e atinge principalmente as usinas movidas a carvão
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2014 às 14h45.
Washington - O governo Barack Obama anunciou na manhã desta segunda-feira uma das mais agressivas políticas de combate à mudança climática já adotadas no país, com medidas que buscam reduzir em 30% as emissões que contribuem para o aquecimento global das geradoras de energia até 2030, em relação aos patamares registrados em 2005.
A nova política limita as emissões em relação a cada unidade de produção de energia e atinge principalmente as usinas movidas a carvão, que são as mais poluentes.
No total, o setor de geração de energia responde por 38% das emissões americanas.
Há quatro anos, Obama viu sua proposta para enfrentar a mudança climática naufragar no Congresso dos EUA, o que afetou a credibilidade e a liderança do país na discussão multilateral sobre o aquecimento global.
Agora, o presidente decidiu ignorar os parlamentares e usar seus poderes executivos para implementar as medidas.
"Nós não podemos pedir que outros assumam compromissos no combate à mudança climática se muitos de nossos líderes políticos negam que ela esteja ocorrendo", afirmou Obama na quarta-feira, em discurso no qual apresentou os princípios de sua nova política externa.
A oposição do Partido Republicano se opõe às medidas de controle de emissões e questiona os estudos científicos segundo os quais o aquecimento global é fruto do aumento da poluição.
A China é o país que emite a maior quantidade de gases que provocam o efeito estufa, mas em termos per capita as emissões americanas são três vezes maiores.
Na reunião sobre mudança climática realizada em Copenhagen no fim de 2009, Obama prometeu que os Estados Unidos reduziriam de maneira substancial sua contribuição para o aquecimento global até 2020, mas sua ambição foi barrada pelo Congresso.
Com as medidas anunciadas ontem, o presidente democrata tem a ambição de assumir um papel de liderança nesse debate.
Sob as novas regras, as geradoras terão quatro opções para reduzir suas emissões: aumentar a eficiência no uso da energia que produzem, substituir o carvão pelo gás natural, que é menos poluente, investir em energias renováveis ou modernizar suas plantas.
O aumento na produção de gás natural nos últimos seis anos contribuiu para que a adoção de padrões mais estritos.
Entre 2007 e 2013, o volume de extração do produto se expandiu em 25%, graças à exploração não convencional de reservas de xisto.
No ano passado, os Estados Unidos ultrapassaram a Rússia e se tornaram os maiores produtores de gás natural do mundo.
A nova política deverá se transformar em um dos principais tópicos das eleições legislativas de novembro. Os republicanos deverão utilizá-la para atacar Obama e acusá-lo de destruir empregos na indústria de carvão.
Os democratas deverão responder com o argumento de que as medidas reduzirão os gastos com saúde e ajudarão a amenizar os cenários catastróficos desenhados nos estudos sobre aquecimento global.
Washington - O governo Barack Obama anunciou na manhã desta segunda-feira uma das mais agressivas políticas de combate à mudança climática já adotadas no país, com medidas que buscam reduzir em 30% as emissões que contribuem para o aquecimento global das geradoras de energia até 2030, em relação aos patamares registrados em 2005.
A nova política limita as emissões em relação a cada unidade de produção de energia e atinge principalmente as usinas movidas a carvão, que são as mais poluentes.
No total, o setor de geração de energia responde por 38% das emissões americanas.
Há quatro anos, Obama viu sua proposta para enfrentar a mudança climática naufragar no Congresso dos EUA, o que afetou a credibilidade e a liderança do país na discussão multilateral sobre o aquecimento global.
Agora, o presidente decidiu ignorar os parlamentares e usar seus poderes executivos para implementar as medidas.
"Nós não podemos pedir que outros assumam compromissos no combate à mudança climática se muitos de nossos líderes políticos negam que ela esteja ocorrendo", afirmou Obama na quarta-feira, em discurso no qual apresentou os princípios de sua nova política externa.
A oposição do Partido Republicano se opõe às medidas de controle de emissões e questiona os estudos científicos segundo os quais o aquecimento global é fruto do aumento da poluição.
A China é o país que emite a maior quantidade de gases que provocam o efeito estufa, mas em termos per capita as emissões americanas são três vezes maiores.
Na reunião sobre mudança climática realizada em Copenhagen no fim de 2009, Obama prometeu que os Estados Unidos reduziriam de maneira substancial sua contribuição para o aquecimento global até 2020, mas sua ambição foi barrada pelo Congresso.
Com as medidas anunciadas ontem, o presidente democrata tem a ambição de assumir um papel de liderança nesse debate.
Sob as novas regras, as geradoras terão quatro opções para reduzir suas emissões: aumentar a eficiência no uso da energia que produzem, substituir o carvão pelo gás natural, que é menos poluente, investir em energias renováveis ou modernizar suas plantas.
O aumento na produção de gás natural nos últimos seis anos contribuiu para que a adoção de padrões mais estritos.
Entre 2007 e 2013, o volume de extração do produto se expandiu em 25%, graças à exploração não convencional de reservas de xisto.
No ano passado, os Estados Unidos ultrapassaram a Rússia e se tornaram os maiores produtores de gás natural do mundo.
A nova política deverá se transformar em um dos principais tópicos das eleições legislativas de novembro. Os republicanos deverão utilizá-la para atacar Obama e acusá-lo de destruir empregos na indústria de carvão.
Os democratas deverão responder com o argumento de que as medidas reduzirão os gastos com saúde e ajudarão a amenizar os cenários catastróficos desenhados nos estudos sobre aquecimento global.