Os Estados Unidos disseram nesta sexta-feira "lamentar" a perda de seu direito de voto na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), assim como Israel, dois anos depois de terem congelado sua contribuição financeira.

Ambos os países deixaram de contribuir em represália à admissão da Palestina como membro nessa organização da ONU.

Em nota, a porta-voz do Departamento de Estado, Jennifer Psaki, lembrou, porém, que o presidente Barack Obama havia pedido ao Congresso que "os Estados Unidos continuem pagando seus aportes aos organismos da ONU que admitem os palestinos como Estado-membro, porque isso vai na direção do interesse nacional dos Estados Unidos".

"Lamentamos que os Estados Unidos tenham perdido hoje seu direito a voto na conferência geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)", acrescentou Psaki na nota.

A assessora recordou ainda a decisão de 2011 de por fim à contribuição financeira americana, em resposta à admissão da Palestina.

Ela destacou que "a perda desse direito de voto não é uma perda da adesão" dos Estados Unidos.

Washington e Israel perderam, automaticamente, nesta sexta-feira, seu direito de voto na assembleia geral da Unesco - conforme anúncio feito mais cedo, em Paris, por uma fonte desse organismo da ONU.

"A lista dos países que não terão mais direito de voto será anunciada provavelmente amanhã (sábado) na sessão plenária", segundo a mesma fonte.

A sede da Unesco fica em Paris.