EUA e Rússia trocam farpas depois de fracasso de diálogo
Rússia disse que países que dão apoio aos rebeldes sírios estão favorecendo um fim da guerra nos campos de batalha
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 14h22.
Jacarta/Moscou - Os Estados Unidos acusaram nesta segunda-feira Damasco de paralisar as negociações de paz de Genebra, enquanto a Rússia , ao rebater a afirmação, disse que países que dão apoio aos rebeldes sírios estão favorecendo um fim da guerra nos campos de batalha, e não pelo diálogo.
A segunda rodada das negociações de Genebra terminou no sábado com o mediador Lakhdar Brahimi lamentando o fracasso de não ter conseguido avanços muito além da pauta para uma futura terceira rodada.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que o governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia e outros aliados, era responsável pelo impasse.
"O regime se fechou. Eles não fizeram nada a não ser continuar a jogar bombas sobre o seu próprio povo e destruir o seu próprio país. E eu lamento dizer que eles estão agindo assim com um apoio crescente do Irã, do Hezbollah e da Rússia", declarou ele durante visita a Jacarta.
Kerry pareceu tentar aumentar a pressão diplomática sobre Assad por um acordo político que termine com os ataques do governo contra áreas rebeldes e alivie o sofrimento de dezenas de milhares de sírios sem acesso à ajuda humanitária.
Num recado para que Moscou consiga concessões da Síria, ele disse: "A Rússia precisa ser parte da solução", e não ajudar o líder sírio com armas e apoio.
Na capital russa, o ministro do Exterior do país, Sergei Lavrov, revidou, citando "evidências de que certos apoiadores da oposição estão começando a criar uma nova estrutura", trazendo adversários de Assad que deixaram o principal grupo de oposição, a Coalizão Nacional.
"Em outras palavras, uma rota está sendo estabelecida para se distanciar das negociações e uma vez mais apostar no cenário militar", afirmou Lavrov, segundo a agência Interfax.
Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que avaliava novas maneiras de pressionar Assad, mas não entrou em detalhes.
A Rússia tem acusado os apoiadores dos rebeldes de favorecer uma "mudança de regime".
A guerra síria já matou mais de 140 mil pessoas, entre elas mais de 7 mil crianças, de acordo com Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização pró-oposição com base no Reino Unido.
Jacarta/Moscou - Os Estados Unidos acusaram nesta segunda-feira Damasco de paralisar as negociações de paz de Genebra, enquanto a Rússia , ao rebater a afirmação, disse que países que dão apoio aos rebeldes sírios estão favorecendo um fim da guerra nos campos de batalha, e não pelo diálogo.
A segunda rodada das negociações de Genebra terminou no sábado com o mediador Lakhdar Brahimi lamentando o fracasso de não ter conseguido avanços muito além da pauta para uma futura terceira rodada.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que o governo do presidente da Síria, Bashar al-Assad, apoiado pela Rússia e outros aliados, era responsável pelo impasse.
"O regime se fechou. Eles não fizeram nada a não ser continuar a jogar bombas sobre o seu próprio povo e destruir o seu próprio país. E eu lamento dizer que eles estão agindo assim com um apoio crescente do Irã, do Hezbollah e da Rússia", declarou ele durante visita a Jacarta.
Kerry pareceu tentar aumentar a pressão diplomática sobre Assad por um acordo político que termine com os ataques do governo contra áreas rebeldes e alivie o sofrimento de dezenas de milhares de sírios sem acesso à ajuda humanitária.
Num recado para que Moscou consiga concessões da Síria, ele disse: "A Rússia precisa ser parte da solução", e não ajudar o líder sírio com armas e apoio.
Na capital russa, o ministro do Exterior do país, Sergei Lavrov, revidou, citando "evidências de que certos apoiadores da oposição estão começando a criar uma nova estrutura", trazendo adversários de Assad que deixaram o principal grupo de oposição, a Coalizão Nacional.
"Em outras palavras, uma rota está sendo estabelecida para se distanciar das negociações e uma vez mais apostar no cenário militar", afirmou Lavrov, segundo a agência Interfax.
Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que avaliava novas maneiras de pressionar Assad, mas não entrou em detalhes.
A Rússia tem acusado os apoiadores dos rebeldes de favorecer uma "mudança de regime".
A guerra síria já matou mais de 140 mil pessoas, entre elas mais de 7 mil crianças, de acordo com Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização pró-oposição com base no Reino Unido.