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EUA devem armar sírios de forma lenta e temporária

Segundo fontes, planos irão enfrentar complicações quando as verbas se esgotarem daqui a dois meses

Soldados do exército livre da Síria montam guarda em uma construção na cidade de Alepo, na Síria (Muzaffar Salman/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 22h08.

Os planos dos Estados Unidos de armar os rebeldes sírios passaram por mais um obstáculo parlamentar, mas voltarão a enfrentar complicações quando as verbas se esgotarem daqui a dois meses, retardando ainda mais o fluxo de equipamentos bélicos, segundo autoridades norte-americanas e outras fontes.

Comissões de inteligência da Câmara e do Senado aprovaram neste mês um plano da Casa Branca para oferecer armas aos rebeldes que há mais de dois anos lutam para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, apesar de muitos parlamentares manifestarem dúvidas sobre suas chances de sucesso.

Mas um funcionário dos EUA envolvido com a questão disse que as verbas para o programa sigiloso expiram em 30 de setembro, quando termina o atual ano fiscal. Por isso, a Casa Branca terá de buscar novamente aval do Congresso para armar os rebeldes, segundo essa fonte, o que pode abrir uma nova rodada de confrontos acerca do envolvimento de Washington na guerra civil síria.

Representantes do governo Obama disseram ao Congresso que estão estabelecendo um mecanismo para avaliar os rebeldes, inclusive com entrevistas, antes de entregar armas, o que também pode levar a uma demora.

Fontes próximas aos rebeldes sírios dizem temer que a entrega das armas dos EUA seja um processo prolongado, que resulte no fornecimento inicial de um arsenal modesto, e que comissões parlamentares tenham que aprovar remessas posteriores.

Vários parlamentares manifestaram nesta terça-feira o temor de que a ajuda militar seja insuficiente para reverter o cenário na Síria, onde as forças de Assad, agora auxiliadas pelo grupo xiita libanês Hezbollah, vêm obtendo vitórias militares expressivas nas últimas semanas.

Há também profunda preocupação nos EUA de que as armas acabem nas mãos de radicais islâmicos que também se mobilizaram contra Assad. "Será que iremos na verdade financiar aberta e intencionalmente os jihadistas?", questionou a deputada republicana Michelle Bachmann.

Ela disse não ter sido informada sobre a aprovação dos planos governamentais por parte da Comissão de Inteligência da Câmara, da qual ela participa. "Foi feito parecer como se houvesse um, entre aspas, ‘consenso' da comissão", afirmou ela à Reuters. "Não concordei com isso de forma nenhuma."

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Os planos dos Estados Unidos de armar os rebeldes sírios passaram por mais um obstáculo parlamentar, mas voltarão a enfrentar complicações quando as verbas se esgotarem daqui a dois meses, retardando ainda mais o fluxo de equipamentos bélicos, segundo autoridades norte-americanas e outras fontes.

Comissões de inteligência da Câmara e do Senado aprovaram neste mês um plano da Casa Branca para oferecer armas aos rebeldes que há mais de dois anos lutam para derrubar o presidente sírio, Bashar al-Assad, apesar de muitos parlamentares manifestarem dúvidas sobre suas chances de sucesso.

Mas um funcionário dos EUA envolvido com a questão disse que as verbas para o programa sigiloso expiram em 30 de setembro, quando termina o atual ano fiscal. Por isso, a Casa Branca terá de buscar novamente aval do Congresso para armar os rebeldes, segundo essa fonte, o que pode abrir uma nova rodada de confrontos acerca do envolvimento de Washington na guerra civil síria.

Representantes do governo Obama disseram ao Congresso que estão estabelecendo um mecanismo para avaliar os rebeldes, inclusive com entrevistas, antes de entregar armas, o que também pode levar a uma demora.

Fontes próximas aos rebeldes sírios dizem temer que a entrega das armas dos EUA seja um processo prolongado, que resulte no fornecimento inicial de um arsenal modesto, e que comissões parlamentares tenham que aprovar remessas posteriores.

Vários parlamentares manifestaram nesta terça-feira o temor de que a ajuda militar seja insuficiente para reverter o cenário na Síria, onde as forças de Assad, agora auxiliadas pelo grupo xiita libanês Hezbollah, vêm obtendo vitórias militares expressivas nas últimas semanas.

Há também profunda preocupação nos EUA de que as armas acabem nas mãos de radicais islâmicos que também se mobilizaram contra Assad. "Será que iremos na verdade financiar aberta e intencionalmente os jihadistas?", questionou a deputada republicana Michelle Bachmann.

Ela disse não ter sido informada sobre a aprovação dos planos governamentais por parte da Comissão de Inteligência da Câmara, da qual ela participa. "Foi feito parecer como se houvesse um, entre aspas, ‘consenso' da comissão", afirmou ela à Reuters. "Não concordei com isso de forma nenhuma."

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