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EUA destina quase US$ 485 milhões para migrantes nas Américas

Segundo Antony Blinken, ajuda será focada em refugiados, migrantes e outras populações vulneráveis

Joe Biden: presidente dos Estados Unidos enfrenta grandes problemas em seu governo (Agence France-Presse/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 6 de novembro de 2023 às 16h23.

Última atualização em 6 de novembro de 2023 às 16h30.

Os Estados Unidos vão destinar quase US$ 485 milhões (R$ 2,3 bilhões na cotação atual) à ajuda humanitária para migrantes e refugiados na América Latina e Caribe, informou nesta segunda-feira, 6, o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

O presidente Joe Biden fez o anúncio durante a primeira Cúpula de Líderes da Aliança para a Prosperidade Econômica nas Américas (Apep), organizada na sexta-feira na Casa Branca, disse ele em um comunicado.

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A ajuda irá para "refugiados, migrantes e outras populações vulneráveis", incluindo os deslocados na América Latina e Caribe e "pela crise política e econômica na Venezuela", disse Blinken.

Mais de US$ 310 milhões (R$ 1,5 bilhão) serão desembolsados por meio do Escritório de População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado, e outros US$ 174 milhões (R$ 852 milhões), por meio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), detalhou.

A migração foi um dos temas discutidos na Apep. Alguns países de acolhimento e de trânsito afirmam estar sobrecarregados pela crise migratória.

"É hora (…) de os países receptores fornecerem colaboração e recursos de forma direta" àqueles "que também estão dando apoio direto aos migrantes para que sua passagem seja ordenada e segura", disse o presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, em discurso na Organização dos Estados Americanos (OEA) logo após a cúpula.

A migração é um grande problema para Biden, candidato à reeleição nas eleições presidenciais de 2024.

Segundo dados oficiais, a patrulha fronteiriça dos Estados Unidos realizou mais de 1,75 milhão de interceptações de migrantes entre janeiro e setembro deste ano.

Os republicanos, e especialmente o antecessor de Biden e possível adversário eleitoral Donald Trump, acusam o presidente de não agir com firmeza suficiente face à crise migratória.

Para que a migração seja "ordenada", como propõem os democratas, Washington abriu escritórios no Equador, Colômbia, Costa Rica e Guatemala para que os migrantes possam pedir asilo ao país onde se encontram, ou regularizar sua situação.

Eles também têm a opção de obter autorizações humanitárias de reagrupamento familiar ou de usar um aplicativo para celular (CBP One) que lhes permite solicitar uma consulta para entrar no país.

Com algumas exceções, os migrantes que entram nos Estados Unidos sem ser por essas vias, ou sem visto, estão expostos à repatriação e estão proibidos de retornar ao país por um período de cinco anos. Se fizerem isso, podem ser processados.

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