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EUA começam a remover sanções contra Irã

País cumprio a promessa de aliviar as sanções, mas ve dura negociação pela frente

Trabalhadores iranianos em frente à usina nuclear de Bushehr, 1.200 km ao sul de Teerã (Mehr News Agency/Majid Asgaripour/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2014 às 19h26.

Washington - Os Estados Unidos cumpriram a promessa de aliviar as sanções impostas ao Irã no âmbito das exportações de petróleo, comércio de metais preciosos e serviços automotivos, como parte do acordo nuclear que começou a vigorar nesta segunda-feira, disseram autoridades norte-americanas.

Em troca das medidas que o governo iraniano adotou para suspender sua mais sensível atividade nuclear, a Casa Branca disse que os EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia, China e União Europeia "vão hoje cumprir seu compromisso de começar a prover um modesto alívio acertado com o Irã".

"Ao mesmo tempo, nós vamos prosseguir com nossa aplicação agressiva das sanções que continuarão em vigor nesse período de seis meses", disse a porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um comunicado.

A iniciativa é a controversa consequência da promessa feita pelo presidente dos EUA, Barack Obama, quando candidato presidencial, de buscar um compromisso com adversários do país, incluindo o Irã.

No entanto, o esforço testou as relações com Israel, aliado prioritário dos EUA, e levou congressistas democratas e da oposição republicana a se empenhar pela aprovação de uma legislação que force a imposição de sanções contra o Irã, inimigo dos EUA há décadas.

Obama prometeu vetar qualquer projeto desse tipo.

"Enquanto o impacto econômico positivo sobre o Irã vai além desse alívio, já que os investidores estrangeiros estão correndo para lá, nosso poder sobre o Irã encolhe", disse o deputado Ed Royce, o republicano que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

"Enquanto isso, o programa nuclear do Irã continua", disse ele.

A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, afirmou que o acerto com o Irã vai abrir caminho para negociações sobre um acordo de longo prazo de contenção do programa nuclear iraniano. Essas negociações, disse ela, "serão ainda mais complexas, e nós entraremos nela de olhos abertos para as dificuldades pela frente".

Como o Irã cumpriu seus compromissos nucleares iniciais do acordo, o governo tomou "as medidas necessárias para estancar os esforços de reduzir mais ainda as exportações de óleo bruto iraniano", disse o Departamento do Tesouro dos EUA.

Isso permitirá que os seis atuais clientes do petróleo iraniano mantenham suas compras nos níveis reduzidos atuais pelo período de seis meses, que é o tempo de duração do acordo nuclear provisório entre o Irã e as potências mundiais, disse.

Uma autoridade norte-americana disse que o Irã exportava atualmente 60 por cento menos petróleo do que há dois anos e que as exportações seriam mantidas nestes níveis reduzidos.

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Washington - Os Estados Unidos cumpriram a promessa de aliviar as sanções impostas ao Irã no âmbito das exportações de petróleo, comércio de metais preciosos e serviços automotivos, como parte do acordo nuclear que começou a vigorar nesta segunda-feira, disseram autoridades norte-americanas.

Em troca das medidas que o governo iraniano adotou para suspender sua mais sensível atividade nuclear, a Casa Branca disse que os EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia, China e União Europeia "vão hoje cumprir seu compromisso de começar a prover um modesto alívio acertado com o Irã".

"Ao mesmo tempo, nós vamos prosseguir com nossa aplicação agressiva das sanções que continuarão em vigor nesse período de seis meses", disse a porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um comunicado.

A iniciativa é a controversa consequência da promessa feita pelo presidente dos EUA, Barack Obama, quando candidato presidencial, de buscar um compromisso com adversários do país, incluindo o Irã.

No entanto, o esforço testou as relações com Israel, aliado prioritário dos EUA, e levou congressistas democratas e da oposição republicana a se empenhar pela aprovação de uma legislação que force a imposição de sanções contra o Irã, inimigo dos EUA há décadas.

Obama prometeu vetar qualquer projeto desse tipo.

"Enquanto o impacto econômico positivo sobre o Irã vai além desse alívio, já que os investidores estrangeiros estão correndo para lá, nosso poder sobre o Irã encolhe", disse o deputado Ed Royce, o republicano que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

"Enquanto isso, o programa nuclear do Irã continua", disse ele.

A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, afirmou que o acerto com o Irã vai abrir caminho para negociações sobre um acordo de longo prazo de contenção do programa nuclear iraniano. Essas negociações, disse ela, "serão ainda mais complexas, e nós entraremos nela de olhos abertos para as dificuldades pela frente".

Como o Irã cumpriu seus compromissos nucleares iniciais do acordo, o governo tomou "as medidas necessárias para estancar os esforços de reduzir mais ainda as exportações de óleo bruto iraniano", disse o Departamento do Tesouro dos EUA.

Isso permitirá que os seis atuais clientes do petróleo iraniano mantenham suas compras nos níveis reduzidos atuais pelo período de seis meses, que é o tempo de duração do acordo nuclear provisório entre o Irã e as potências mundiais, disse.

Uma autoridade norte-americana disse que o Irã exportava atualmente 60 por cento menos petróleo do que há dois anos e que as exportações seriam mantidas nestes níveis reduzidos.

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