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EUA ainda creem que Irã não está perto da bomba atômica

Os EUA temem que Israel, seu aliado, realize um ataque unilateral contra instalações nucleares iranianas

Presidente chinês pediu que Mahmoud Ahmadinejad (na foto) seja "flexível" e "pragmático" (Mark Ralston/AFP)

Presidente chinês pediu que Mahmoud Ahmadinejad (na foto) seja "flexível" e "pragmático" (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2012 às 21h29.

Washginton - Os Estados Unidos ainda acreditam que o Irã não esteja prestes a ter uma arma nuclear e que Teerã não tomou a decisão de desenvolvê-la, disseram autoridades norte-americanas nesta quinta-feira.

Essas declarações vieram depois de a imprensa israelense afirmar que o presidente norte-americano, Barack Obama, recebeu uma nova Estimativa de Inteligência Nacional (EIN) dando conta de que o Irã fez um progresso surpreendente e significativo rumo à capacidade nuclear militar.

Mais tarde, o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, sugeriu que o relatório, que ele admitiu que pode não ser uma EIN, "transforma a situação iraniana em uma (situação) ainda mais urgente".

Mas um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca contestou os relatos feitos em Israel, dizendo que a avaliação de inteligência dos Estados Unidos sobre as atividades nucleares iranianas não foram alteradas desde que autoridades da área prestaram um depoimento ao Congresso sobre este tema, meses atrás.


"Acreditamos que há tempo e espaço para continuarmos a perseguir o caminho diplomático, amparados pela crescente pressão internacional sobre o governo iraniano", disse o porta-voz. "Continuamos a avaliar que o Irã não está à beira de obter uma arma nuclear." Autoridades dos EUA não esclareceram se o Irã foi tema de uma nova Estimativa de Inteligência Nacional, documento que compila avaliações de várias agências de inteligência norte-americanas.

A última EIN oficial sobre o Irã, em 2007, parcialmente divulgada ao público pelo governo do presidente George W. Bush, gerou polêmica ao afirmar que Teerã havia suspendido em 2003 as tentativas de desenvolver os meios de lançamento de armas atômicas, mas que outros aspectos críticos do programa nuclear iraniano continuavam.

Em janeiro deste ano, James Clapper, diretor de inteligência nacional dos EUA, disse em depoimento ao Congresso: "Avaliamos que o Irã está mantendo em aberto a opção de desenvolver armas nucleares, em parte pelo desenvolvimento de várias capacidades nucleares que melhor o posicionem para produzir tais armas, caso assim ele escolha. Não sabemos, no entanto, se o Irã irá afinal decidir fabricar armas nucleares".

Os EUA temem que Israel, seu aliado, realize um ataque unilateral contra instalações nucleares iranianas, o que geraria uma instabilidade ainda maior no Oriente Médio.

Teerã nega que esteja desenvolvendo armas nucleares ou que pretende desenvolvê-las, e insiste no caráter exclusivamente pacífico das suas atividades atômicas.

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