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Estado se responsabilizará por filhos de indianas mortas

Estado do centro indiano adotará os 38 filhos das 13 mulheres que morreram após se submeterem à esterilização, que fazia parte de uma campanha pública


	Ativistas protestam contra morte de 13 mulheres em programa de esterilização promovido pelo governo da Índia
 (AFP)

Ativistas protestam contra morte de 13 mulheres em programa de esterilização promovido pelo governo da Índia (AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 12h24.

Nova Deli - O estado de Chattisgarh, no centro da Índia, adotará os 38 filhos das 13 mulheres que morreram após se submeterem à esterilização que fazia parte de uma campanha pública, informou à Agência Efe nesta terça-feira o porta-voz do executivo regional.

"O governo do estado decidiu que terão a melhor educação e serão atendidos nos melhores hospitais quando necessitarem", até complaterem 18 anos, totalmente a cargo do orçamento estadual disse o porta-voz do executivo regional, Rajat Kumar.

Este atendimento será dado em hospitais de Bilaspur, o distrito no qual 13 mulheres morreram depois de passarem por um procedimento de esterilização, um caso que está sendo investigado.

A comissão que realiza a investigação "segue seu curso e não aconteceram novas mortes", assegurou o porta-voz.

As autoridades sanitárias indianas investigam se remédios contaminados com veneno para ratos podem ter sido a causa das 13 mortes e da hospitalização de outras 70 mulheres após se submeterem a cirurgias de esterilização.

Um total de 109 mulheres se submeteu à ligadura de trompas em dois acampamentos de Bilaspur, como parte das frequentes campanhas de planejamento familiar voluntárias e remuneradas que o país asiático realiza regularmente em zonas mais pobres para conter o crescimento demográfico.

O médico R. K. Gupta, que está detido, realizou 83 cirurgias em um só dia, apesar do limite diário imposto pelo governo de 30 procedimentos.

A Índia é o segundo país mais povoado do mundo, com 1,25 bilhão de habitantes, e a ONU estima que em 2028 superará à China e tomará o primeiro lugar nesse quesito.

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