Estado Islâmico toma controle de 6 aldeias na Síria
Os combates entre o EI, por um lado, e o Frente al Nusra e as brigadas islamitas aliadas, do outro, causaram um número indeterminado de mortos
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 07h39.
Cairo - O jihadista Estado Islâmico ( EI ) tomou o controle de seis localidades no nordeste da província síria de Aleppo, no norte do país, após duros enfrentamentos com outras organizações islamitas rivais.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou nesta quarta-feira em comunicado que o EI ocupou as aldeias de Al Masudiya, Al Aziziya, Dubiq, Al Gour, Turkoman e Ajtarin, após a retirada da Frente al Nusra - filial da rede terrorista Al Qaeda na Síria , junto com outras facções armadas islamitas.
Ajtarin é considerada uma zona estratégica para o EI porque abriu as portas para Maré, o mais importante reduto da Frente Islâmica; e para Azaz, perto da fronteira turca, e a expectativa é que estas duas zonas sejam os dois próximos alvos da organização jihadista.
A entrada do EI nessas seis localidades faz parte da tentativa de dominar o norte de Aleppo, que somaria às suas posições nas províncias orientais de Al Raqqah e Deir ez Zor.
Os combates entre o EI, por um lado, e o Frente al Nusra e as brigadas islamitas aliadas, do outro, causaram um número indeterminado de mortos e feridos nos dois lados, enquanto prosseguem os confrontos nos arredores da aldeia Arshaf.
O OSDH também destacou que a Brigada Dawoud al Islami, que jurou no começo de junho passado lealdade ao EI, teve um grande participação nos choques e na ocupação dessas seis localidades.
Após se unir ao EI, a brigada transferiu seus combatentes e armas da aldeia de Sermin, localizada na província de Idlib (oeste da Síria) às zonas sob controle do EI, na província de Al Raqqah.
No domingo o EI tomou o controle de três localidades no leste da província síria de Deir Zur, após vários dias de confrontos com os combatentes tribais dali.
A organização extremista sunita proclamou no final de junho um califado no Iraque e na Síria.