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Estado Islâmico resiste a ofensiva iraquiana em Fallujah

As forças de segurança retomaram muitas áreas da zona sul da cidade nas últimas duas semanas e atualmente atacam o bairro de Jbeil

Fallujah: as forças de segurança retomaram muitas áreas da zona sul da cidade nas últimas duas semanas e atualmente atacam o bairro de Jbeil (Alaa Al-Marjani / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2016 às 12h14.

Três semanas depois do início da ofensiva das forças pró-governo, os combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) mantêm a defesa de seu reduto em Fallujah, na região oeste do Iraque , de onde milhares de civis conseguiram fugir e outros permanecem retidos pelos combates.

As forças de segurança retomaram muitas áreas da zona sul da cidade nas últimas duas semanas e atualmente atacam o bairro de Jbeil.

"As forças antiterroristas e federais, ao lado da polícia de Anbar (província em que se localiza Fallujah) continuam a operação para libertar Jbeil, ao sul de Fallujah, e enfrentam uma feroz resistência do Daesh", disse uma fonte militar, utilizando o acrônimo em árabe do EI.

Com um avanço rua por rua, as forças terrestres, com apoio de bombardeios iraquianos e da coalizão liderada pelo Estados Unidos, alternam disparos de artilharia com ataques com armas leves.

Fallujah, uma cidade populosa a apenas 50 km ao leste de Bagdá, é, ao lado de Mossul, uma das duas sob controle do EI no Iraque. Nesta localidade, os Estados Unidos perderam um grande número de soldados em 2004.

Em maio, sem levar em consideração a opinião de Washington de atacar primeiro Mossul, o governo iraquiano do primeiro-ministro Haider al-Abadi iniciou a ofensiva contra Fallujah.

Desde então, o avanço das tropas pró-governo é lento. Os extremistas consideram Fallujah um de seus redutos mais emblemáticos e não estão dispostos a perder o controle da cidade.

Apesar do menor número de combatentes do EI, o avanço também se viu foi contido pelo uso sistemático de civis como escudos humanos.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), ao menos 43.000 pessoas foram obrigadas a fugir desde o início da batalha há três semanas.

Muitas conseguiram fugir da ofensiva do EI na periferia de Fallujah, mas no centro da cidade milhares de pessoas continuam retidas.

O Estado Islâmico impede a fuga com bombas às margens das estradas e homens armados, que nos últimos dias mataram dezenas de civis.

Na semana passada, o exército iraquiano abriu um corredor para facilitar a passagem dos civis em fuga, mas alguns bairros continuam isolados.

Na terça-feira, um homem morreu e vários ficaram feridos na explosão de um artefato a poucos metros do corredor, informou o Conselho Norueguês para os Refugiados.

"Permitam-me ser absolutamente claro: não há nenhum meio seguro para sair de Fallujah", advertiu em um comunicado Nasr Muflahi, diretor do NRC no Iraque.

Muitos homens que escapam da cidade estão sendo registrados pelas forças do governo e alguns deles denunciaram abusos e torturas.

Nos campos de deslocados de Amriyat al-Fallujah, perto de Fallujah, vários homens acusam os milicianos xiitas (que enfrentam os sunitas, majoritários na região e no EI) de torturar suspeitos.

"Isto é por ficar com as mãos algemadas durante quatro dias, sem ter nada para comer ou beber", afirmou um homem de 35 anos ao mostrar as marcas nos pulsos.

"Quando me jogaram de uma caminhonete em circulação, estava tão cansado que não senti nada", disse.

O gabinete do primeiro-ministro Haider al-Abadi prometeu investigar as acusações.

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Três semanas depois do início da ofensiva das forças pró-governo, os combatentes do grupo extremista Estado Islâmico (EI) mantêm a defesa de seu reduto em Fallujah, na região oeste do Iraque , de onde milhares de civis conseguiram fugir e outros permanecem retidos pelos combates.

As forças de segurança retomaram muitas áreas da zona sul da cidade nas últimas duas semanas e atualmente atacam o bairro de Jbeil.

"As forças antiterroristas e federais, ao lado da polícia de Anbar (província em que se localiza Fallujah) continuam a operação para libertar Jbeil, ao sul de Fallujah, e enfrentam uma feroz resistência do Daesh", disse uma fonte militar, utilizando o acrônimo em árabe do EI.

Com um avanço rua por rua, as forças terrestres, com apoio de bombardeios iraquianos e da coalizão liderada pelo Estados Unidos, alternam disparos de artilharia com ataques com armas leves.

Fallujah, uma cidade populosa a apenas 50 km ao leste de Bagdá, é, ao lado de Mossul, uma das duas sob controle do EI no Iraque. Nesta localidade, os Estados Unidos perderam um grande número de soldados em 2004.

Em maio, sem levar em consideração a opinião de Washington de atacar primeiro Mossul, o governo iraquiano do primeiro-ministro Haider al-Abadi iniciou a ofensiva contra Fallujah.

Desde então, o avanço das tropas pró-governo é lento. Os extremistas consideram Fallujah um de seus redutos mais emblemáticos e não estão dispostos a perder o controle da cidade.

Apesar do menor número de combatentes do EI, o avanço também se viu foi contido pelo uso sistemático de civis como escudos humanos.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), ao menos 43.000 pessoas foram obrigadas a fugir desde o início da batalha há três semanas.

Muitas conseguiram fugir da ofensiva do EI na periferia de Fallujah, mas no centro da cidade milhares de pessoas continuam retidas.

O Estado Islâmico impede a fuga com bombas às margens das estradas e homens armados, que nos últimos dias mataram dezenas de civis.

Na semana passada, o exército iraquiano abriu um corredor para facilitar a passagem dos civis em fuga, mas alguns bairros continuam isolados.

Na terça-feira, um homem morreu e vários ficaram feridos na explosão de um artefato a poucos metros do corredor, informou o Conselho Norueguês para os Refugiados.

"Permitam-me ser absolutamente claro: não há nenhum meio seguro para sair de Fallujah", advertiu em um comunicado Nasr Muflahi, diretor do NRC no Iraque.

Muitos homens que escapam da cidade estão sendo registrados pelas forças do governo e alguns deles denunciaram abusos e torturas.

Nos campos de deslocados de Amriyat al-Fallujah, perto de Fallujah, vários homens acusam os milicianos xiitas (que enfrentam os sunitas, majoritários na região e no EI) de torturar suspeitos.

"Isto é por ficar com as mãos algemadas durante quatro dias, sem ter nada para comer ou beber", afirmou um homem de 35 anos ao mostrar as marcas nos pulsos.

"Quando me jogaram de uma caminhonete em circulação, estava tão cansado que não senti nada", disse.

O gabinete do primeiro-ministro Haider al-Abadi prometeu investigar as acusações.

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