Espanha diz não ter proibido sobrevoo de Morales
Segundo as autoridades espanholas, "tais permissões foram concedidas com diligência e celeridade, como os próprios representantes bolivianos reconheceram"
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 20h04.
Brasília – O governo espanhol disse hoje (5) que não proibiu o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales , de sobrevoar ou aterrissar em seu território.
“O governo da Espanha nunca negou nem demorou a conceder permissão de sobrevoo ou escala em seu território nacional por ocasião da viagem de regresso a seu país do Exmo. Sr. Dr. Evo Morales, presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, realizada nos dias 2 e 3 de julho”, diz comunicado divulgado pelo Ministério de Assuntos Exteriores e Cooperação da Espanha.
Segundo as autoridades espanholas, "tais permissões foram concedidas com diligência e celeridade, como os próprios representantes bolivianos reconheceram".
A nota é uma resposta do governo espanhol à reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Cochabamba (Bolívia), ontem (4), em que os países do grupo cobraram explicações e pedidos de desculpas da França, da Itália, de Portugal e da Espanha sobre o veto ao avião de Morales, há três dias.
No comunicado, o ministério espanhol argumenta que o presidente boliviano teve de fazer uma escala em Viena, na Aústria, por causas “absolutamente alheias à vontade do governo espanhol. O espaço aéreo permaneceu aberto”.
De acordo com a nota, o governo boliviano pediu ajuda da Espanha para mediar que outros países permitissem a passagem do avião de Morales. O pedido foi aceito, conforme a chancelaria espanhola, “com espírito de colaboração e amizade que regem as relações entre nossos países irmãos e com o intuito de conseguir a plena aplicação das normas do direito internacional”.
O embaixador da Espanha em Viena foi acionado e se dirigiu ao aeroporto para ajudar a delegação boliviana e solucionar o incidente. Após o problema ter sido solucionado, o presidente Morales continuou a viagem de retorno a La Paz, com escala em Las Palmas, onde foi recebido por autoridades das Ilhas Canárias, conforme o texto.
A nota termina com o governo espanhol lamentando o incidente e declarando não ter nenhuma responsabilidade. “O governo da Espanha lamenta sinceramente a ocorrência deste tipo de incidente e reitera que não tem nenhuma responsabilidade, e deseja manifestar surpresa com algumas declarações que emitem juízos de valor sobre sua atuação, que sempre esteve pautada na rápida e satisfatória solução do caso”.
No último dia 2, o avião de Morales foi proibido de sobrevoar e aterrissar nos espaços aéreos de Portugal, da França, Itália e Espanha porque havia suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse a bordo. Morales foi obrigado a desviar a rota e aguardar autorização para seguir viagem, em Viena, na Áustria, onde ficou em terra por cerca de 13 horas. Morales vinha de uma reunião técnica sobre produção de gás na Rússia.
Nos Estados Unidos, Snowden é acusado de espionagem e está na Rússia esperando a concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. Há, ainda, informações de que comunicações da União Europeia também foram monitoradas.
Brasília – O governo espanhol disse hoje (5) que não proibiu o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales , de sobrevoar ou aterrissar em seu território.
“O governo da Espanha nunca negou nem demorou a conceder permissão de sobrevoo ou escala em seu território nacional por ocasião da viagem de regresso a seu país do Exmo. Sr. Dr. Evo Morales, presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, realizada nos dias 2 e 3 de julho”, diz comunicado divulgado pelo Ministério de Assuntos Exteriores e Cooperação da Espanha.
Segundo as autoridades espanholas, "tais permissões foram concedidas com diligência e celeridade, como os próprios representantes bolivianos reconheceram".
A nota é uma resposta do governo espanhol à reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Cochabamba (Bolívia), ontem (4), em que os países do grupo cobraram explicações e pedidos de desculpas da França, da Itália, de Portugal e da Espanha sobre o veto ao avião de Morales, há três dias.
No comunicado, o ministério espanhol argumenta que o presidente boliviano teve de fazer uma escala em Viena, na Aústria, por causas “absolutamente alheias à vontade do governo espanhol. O espaço aéreo permaneceu aberto”.
De acordo com a nota, o governo boliviano pediu ajuda da Espanha para mediar que outros países permitissem a passagem do avião de Morales. O pedido foi aceito, conforme a chancelaria espanhola, “com espírito de colaboração e amizade que regem as relações entre nossos países irmãos e com o intuito de conseguir a plena aplicação das normas do direito internacional”.
O embaixador da Espanha em Viena foi acionado e se dirigiu ao aeroporto para ajudar a delegação boliviana e solucionar o incidente. Após o problema ter sido solucionado, o presidente Morales continuou a viagem de retorno a La Paz, com escala em Las Palmas, onde foi recebido por autoridades das Ilhas Canárias, conforme o texto.
A nota termina com o governo espanhol lamentando o incidente e declarando não ter nenhuma responsabilidade. “O governo da Espanha lamenta sinceramente a ocorrência deste tipo de incidente e reitera que não tem nenhuma responsabilidade, e deseja manifestar surpresa com algumas declarações que emitem juízos de valor sobre sua atuação, que sempre esteve pautada na rápida e satisfatória solução do caso”.
No último dia 2, o avião de Morales foi proibido de sobrevoar e aterrissar nos espaços aéreos de Portugal, da França, Itália e Espanha porque havia suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse a bordo. Morales foi obrigado a desviar a rota e aguardar autorização para seguir viagem, em Viena, na Áustria, onde ficou em terra por cerca de 13 horas. Morales vinha de uma reunião técnica sobre produção de gás na Rússia.
Nos Estados Unidos, Snowden é acusado de espionagem e está na Rússia esperando a concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. Há, ainda, informações de que comunicações da União Europeia também foram monitoradas.